Uma cigana e três ciganos católicos, das dioceses de Setúbal, Viana do Castelo, Guarda e Lisboa vão ser recebidos este sábado, 11 de Junho, por Bento XVI, em audiência, juntamente com outros ciganos de toda a Europa

Uma cigana e três ciganos católicos, das dioceses de Setúbal, Viana do Castelo, Guarda e Lisboa vão ser recebidos este sábado, 11 de Junho, por Bento XVI, em audiência, juntamente com outros ciganos de toda a Europa

Este encontro internacional é uma iniciativa do Conselho Pontifício para a Pastoral dos Migrantes e Itinerantes. O grupo português será acompanhado pelo director executivo da Obra Nacional da Pastoral dos Ciganos, Francisco Monteiro.
Na audiência, o Pontífice vai receber 1. 400 ciganos europeus, que peregrinam a Roma, por ocasião do 75º aniversário do martírio e os 150 anos do nascimento do beato Ceferino Gimenez Malla, que viveu de 1861 a 1936, e foi cigano de origem espanhola. Na capital italiana irão encontrar-se grupos ROM, Sinti, Manuches, Kale, Yenish e Travellers.
O presidente do Conselho Pontifício para a Pastoral dos Migrantes e Itinerantes, arcebispo antónio Maria Vegliò, irá apresentar ao Papa os representantes desses grupos, dos quais salienta o crescente empenho pela Igreja, onde podem encontrar força espiritual e ajuda para prosseguirem as suas vidas, muitas vezes marcadas pela marginalização e pela desconfiança, adianta a Rádio Vaticano.
Durante a audiência será destacada a realidade de vida dessas pessoas a partir de quatro breves testemunhos, entre os quais o de Ceija Stojka, cigana católica sobrevivente dos campos de concentração de auschwitz-Birkenau e Bergen-Belsen. Um livro, reúne estes momentos da dominação nazi.
Estima-se que haja 36 milhões de pessoas ciganas, espalhadas pelo mundo. a maior parte deles, 18 milhões, vive na Índia, considerada a sua terra de origem. Na Europa, calcula-se que vivam entre 12 a 15 milhões de ciganos, estando mais concentrados no leste do continente europeu. Nos Estados Unidos da américa moram cerca de um milhão e no Brasil 900 mil ciganos.