Nos primeiros três meses deste ano registaram-se, em São Tomé Prí­ncipe, 10 mortos entre mais de 1. 100 contaminações. as autoridades sanitárias do país reconhecem que os esforços para erradicar a doença não estão a ser suficientes
Nos primeiros três meses deste ano registaram-se, em São Tomé Prí­ncipe, 10 mortos entre mais de 1. 100 contaminações. as autoridades sanitárias do país reconhecem que os esforços para erradicar a doença não estão a ser suficientesNós estamos muito preocupados com esta situação. algumas pessoas pensam que o paludismo já acabou, mas somente neste ano já morreram dez pessoas e o número poderá aumentar, explicou à agencia Lusa Maria de Jesus, coordenadora do Programa Nacional de Luta contra o Paludismo (PNLP). as localidades de Oque-del-Rei, São Marçal e Pantufo, no distrito de Água Grande, e Praia Melão e Bombom, no distrito de Mé Zochi, são as mais afectadas pela doença. as autoridades sanitárias iniciaram, nestes dias, um programa de pulverização intradomiciliar de emergência, depois de formar técnicos no combate à doença e de reforçar as campanhas de sensibilização no terreno, com o envolvimento do próprio primeiro-ministro, Patrice Trovoada.

Só através de acções concertadas e colaboração de todos, cada um à sua medida, será possível atingir a meta que é a erradicação do paludismo no país, alertou o governante, que a 8 de Junho esteve em Pantufo, numa acção de sensibilização da população local. a coordenadora do PNLP atribui o aumento do número de casos de malária à recusa das pessoas em aceitar a pulverização. Já estivemos mais próximos da eliminação. agora houve um ressurgimento da doença, lamentou Maria de Jesus.

a coordenadora fez um apelo à população para que aproveite as ajudas técnicas e financeiras dos parceiros internacionais como a Missão Técnica Taiwanesa, Fundo Global da ONU, Organização Mundial de Saúde (OMS) e Cruz Vermelha. Somos um país pobre, vivemos de ajudas e, se eles deixarem de nos apoiar, qual será a nossa situação? Vai ser catastrófico. O número de óbitos vai aumentar e a economia também será afectada. as pessoas devem ter a consciência de que quanto mais depressa nós nos envolvermos nesta luta, mais depressa ela chega ao fim, disse Maria de Jesus.