Escola primária elimina o nome de Moi, anterior presidente do Quénia, como tributo à educação primária gratuita promovida pelo governo de Kibaki (na foto)
Escola primária elimina o nome de Moi, anterior presidente do Quénia, como tributo à educação primária gratuita promovida pelo governo de Kibaki (na foto)Sem grande aparato editorial os jornais noticiavam há dias que uma escola primária na zona de Nyeri, cidade onde os missionários da Consolata trabalham desde 1904, decidiu deixar de ser conhecida como Moi Primary School para ser apenas Primary School.

O país ainda está cheio de instituições (estádios, universidades, aeroportos, etc. ) dedicados a arap Moi, mas o facto de se estar procedendo a uma des-moi-zação é sinal claro de que o país quer esquecer um passado em que bastava Moi dizer “não há dinheiro” para que todo o país se curvasse à fatalidade de não poder enviar os filhos à escola. O presente governo do presidente Kibaki tem na escolaridade primária gratuita um dos seus grandes triunfos e um dos seus maiores trunfos. Muitos mais são requeridos, mas é já um início.

Lembrei-me de uma ponte que eu conheci como Ponte Salazar e de repente passou a glorificar o 25 de abril. Em ambos os casos as grandes transformações políticas e sociais têm as suas repercussões numa mudança de nomenclatura.

Nestes tempos difíceis em que pouco progresso económico e social se note neste país, a mudança dum nome pouco ou nada é, mas significa que o povo não desanimou e que o progresso não é uma meta impossível. é ainda hoje habitual ouvir a frase eleitoralista “yote yanawezekana bila Moi (sem Moi tudo é possível). Uma escola primária na zona de Nyeri pensa que sim.
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