Omar el-Bashir cometeu novos crimes contra a humanidade no Darfur e desafiou a autoridade do Conselho de Segurança das Nações Unidas, denunciou o procurador do Tribunal Penal Internacional, em Nova Iorque
Omar el-Bashir cometeu novos crimes contra a humanidade no Darfur e desafiou a autoridade do Conselho de Segurança das Nações Unidas, denunciou o procurador do Tribunal Penal Internacional, em Nova IorqueOs crimes contra a humanidade e o genocídio continuam no Darfur, declarou quarta-feira, 8 de Junho, o procurador do Tribunal Penal Internacional (TPI), Luís Moreno-Ocampo, diante do Conselho de Segurança da ONU, em Nova Iorque. Segundo a agência Lusa, o responsável explicou que os ataques aéreos contra civis, bem como os homicídios de membros de minorias étnicas continuam nesta região ocidental do Sudão. Estes milhões de vítimas, de deslocados, continuam hoje sujeitos à violência, ao terror e a condições de vida que visam a destruição das suas comunidades, o que constitui genocídio.

acusado de genocídio, nomeadamente pelos crimes cometidos na região do Darfur, o presidente sudanês Omar el-Bashir é alvo de um mandado de detenção do TPI desde Julho de 2008. além de permanecer em funções, o governante sudanês recusa-se a reconhecer, até hoje, a autoridade do TPI. “Continua a cometer crimes que desafiam a autoridade do Conselho de Segurança, frisou o procurador. O líder sudanês nega todos os crimes e acusou outros responsáveis, propondo a criação de um tribunal especial para conduzir uma investigação que nunca irá começar, denunciou ainda Moreno-Ocampo.

ao mesmo tempo, o presidente el-Bashir ameaça a comunidade internacional de represálias e de novos crimes, acrescentou Luís Moreno-Ocampo, a quem acusou de usar o estatuto de criminoso procurado como um instrumento de negociação. Desde 2003, a região sudanesa do Darfur é palco de uma guerra civil que já matou 300 mil pessoas, segundo os dados das Nações Unidas, 10 mil de acordo com Cartum, e causou cerca de 2,7 milhões de deslocados.