Estudo da universidade de Standford Washington mostra que as zonas tropicais e grande parte do hemisfério norte poderão enfrentar Verões mais quentes nos próximos 20 anos caso se mantenham os níveis actuais de emissão de gases com efeito estufa
Estudo da universidade de Standford Washington mostra que as zonas tropicais e grande parte do hemisfério norte poderão enfrentar Verões mais quentes nos próximos 20 anos caso se mantenham os níveis actuais de emissão de gases com efeito estufa a publicar na revista americana Climate Change Letters, o estudo refere que muitas regiões tropicais da África, Ásia e américa do Sul poderão assistir a um aumento de calor sem precedentes e que as latitudes do centro da Europa, China e américa do Norte, poderão atravessar mudanças extremas num prazo de 60 anos, refere a agência Lusa. Segundo as nossas projecções, grandes áreas do planeta podem aquecer de forma tão rápida que, para meados deste século, os verões mais frescos serão os mais quentes dos últimos 50 anos, apontou o responsável do estudo, Noah Diffenbaugh.

Financiado pela Fundação Nacional de Ciências, governo dos Estados Unidos e Banco Mundial, o estudo determina o impacto do aquecimento global das próximas décadas. São esperadas alterações climáticas que terão um impacto na segurança alimentar. O sul da Ásia e a África subsariana são as regiões do mundo onde o fornecimento de alimento às populações será mais afectado. Para resistir a esta situação, vários países de África terão de enfrentar uma verdadeira revolução nos sistemas agrícolas, passando a cultivar variedades mais resistentes à seca. É o caso da Nigéria, onde já se cultivam essas variedades. Se as temperaturas médias continuarem a subir, seguindo as trajectórias correntes, a situação tornar-se-á bastante alarmante, alertam os técnicos.

as alterações climáticas têm vindo a ser identificadas como uma das maiores ameaças ambientais, sociais e económicas que o planeta e a humanidade enfrentam na actualidade. a resposta política a este problema requer uma acção concertada, traduzida em medidas que minimizem as causas geradas pelo próprio homem e que preparem a sociedade para lidar com as consequências a nível físico, biológico e socioeconómico. Vários tratados internacionais, nomeadamente o Protocolo de Quioto, combatem esta situação, propondo medidas, nomeadamente a redução das emissões de gazes. Face aos conhecimentos actuais, as alterações do clima são inevitáveis, existindo ainda grande consenso sobre os níveis de emissões globais de gases com efeito de estufa nos próximos anos. Não há dúvidas de que continuarão a aumentar. Mesmo que estas concentrações se estabilizassem, o aquecimento e a subida do nível médio do mar continuariam durante séculos, devido à dinâmica associada aos processos climáticos.