a gestão de um país é simples, idêntica àquela que fazemos na nossa casa, só que são outros a decidir aquilo que poderemos, ou não, fazer. é importante que assumamos a nossa responsabilidade cí­vica
a gestão de um país é simples, idêntica àquela que fazemos na nossa casa, só que são outros a decidir aquilo que poderemos, ou não, fazer. é importante que assumamos a nossa responsabilidade cí­vicaCom frequência ouvimos esta frase: Eu não vou votar, eles são todos iguais, prometem muita coisa e não fazem nada. Não será tanto assim, pois há diferenças entre eles, sobretudo no que respeita à sua prática política e nós já conhecemos alguns. Há líderes partidários que quando apelam ao voto do cidadão se vestem com pele de cordeiro, utilizam palavras mansas – outros nem sequer conseguem disfarçar – e depois que assumem o poder, são autênticos ditadores, quantas vezes sem olhar a meios.

Foi assim que aconteceu em Portugal nos últimos anos, com autênticas ditaduras partidárias, nas quais se concentrou o controlo do poder político/económico e onde os militantes, simpatizantes e amigos ficaram com a melhor fatia. Foi esta forma de proceder que nos conduziu à situação em que nos encontramos e da qual vamos ter grande dificuldade em sair nas próximas décadas. as pessoas têm relutância pela política, mas a verdade é que tudo é decidido através dela, melhor ou pior, teremos que aceitar esta realidade e vivê-la. Todos nós sabemos que há falta de ética e seriedade na política, por isso mesmo é nosso dever contribuir com o que pudermos para que se altere este panorama, pois de contrário teremos mais do mesmo.

a nossa sociedade carece de muita coisa, mas uma das mais essenciais são os valores morais que necessitamos de voltar a recuperar. Os valores da família, base de todas as sociedades, são ostracizados pelas pessoas e por um Estado que se diz laico, mas apoia a liberalidade reinante a seu bel-prazer. Vivemos numa sociedade voltada para o consumo, desprezando os valores espirituais que são tão importantes e nos permitiriam uma vida mais digna.

a nossa opção, que será feita através do voto, terá de ser baseada nestes princípios, mas tendo em conta a seriedade, ou não, daqueles que se propõem para assumir a governação deste país. Todos os partidos querem o bem do povo, portanto teremos que ser nós a decidir quem tem as qualidades para tal, fazendo uma escolha criteriosa, depois de devidamente ponderada. O Governo que sair destas eleições não terá possibilidade de governar como desejaria, mas sim segundo as condições impostas pela troika europeia que está a ajudar o país com avultados empréstimos, que terão de ser pagos até ao último cêntimo. O nosso futuro está hipotecado pela irresponsabilidade dos governantes que tivemos, mas como a esperança é a última coisa a perder, exerçamos o nosso voto em consciência.