Voluntariado: «Trabalho que se realiza livremente, sem expectativa de remuneração económica, em benefí­cio de alguém que não seja família imediata, sem ser pedido pelo Estado ou outras instituições públicas»
Voluntariado: «Trabalho que se realiza livremente, sem expectativa de remuneração económica, em benefí­cio de alguém que não seja família imediata, sem ser pedido pelo Estado ou outras instituições públicas»Na reflexão de Junho deste Calendário meditado, a partir de um pensamento de Fernando Pessoa, Ramón Cazallas aponta algumas finalidades do serviço voluntário que impregnam a alma das pessoas que a ele querem dedicar parte da sua vida ou a vida inteira. O missionário da Consolata defende que o voluntariado é o o tempo da travessia, de passar para a outra margem e abrir o coração para partilhar com os outros as riquezas que Deus nos deu.

Entre as características do voluntariado destaca o altruísmo, a solidariedade, a qualidade de vida, as convicções religiosas e uma melhoria das relações sociais. É uma dedicação vivida na gratuidade absoluta, escreve a propósito do altruísmo. Mas voluntariado é mais que isto, é um trabalhar para os outros, com os outros sentindo os seus problemas como próprios, promovendo acções para os solucionar e recolhendo os benefícios obtidos. ajudar os outros faz com que o voluntário se sinta bem, refere o teólogo.
No trabalho voluntário, a fé move os voluntários crentes. Este é um factor importante: Quem acredita em Cristo tem motivações muito profundas que nascem do próprio baptismo e do mandamento do amor que está na raiz do ser cristão, diz Ramón Cazallas apontando exemplos como Santo agostinho. Uma de entre muitas vantagens do voluntariado é o facto de permitir conhecer mais pessoas que têm interesses comuns.

O missionário da Consolata defende que, neste mês de Junho, há duas festas que nos ajudam a crescer na solidariedade e na gratuidade. a primeira é a festa de Nossa Senhora da Consolata. Ela foi consolada por Deus e ao mesmo tempo fez-se consoladora para todos os povos. Pura gratuidade da parte de Deus em relação a Maria, e pura gratuidade da parte de Maria que dedicou toda a sua existência para consolar os aflitos e os tristes com a mesma consolação com a qual ela foi consolada, lembra. a segunda festa é a solenidade do Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo. Deus faz-se pão partilhado para a vida do mundo. É para os cristãos o ideal e o ícone de se tornar pão para todos e alimento para todas as fomes que hoje vão aparecendo no mundo, conclui.