Operários do sector da construção exigem o pagamento de salários em atraso. Responsabilizam o governo que contratou a empresa no âmbito de um projecto de construção de 150 mil habitações
Operários do sector da construção exigem o pagamento de salários em atraso. Responsabilizam o governo que contratou a empresa no âmbito de um projecto de construção de 150 mil habitaçõesapesar da crise habitacional que afecta a Venezuela, a paralisação de um projecto de construção num complexo habitacional deixou operários em dificuldades. Há mais de uma semana que dez trabalhadores da empresa Consilux estão em greve de fome, em frente à embaixada do Brasil, em Caracas. Exigem o pagamento de salários em atraso e outros benefícios contemplados pela legislação venezuelana.

O governo é responsabilizado pela situação. Foi o governo que contratou essa empresa e eles (Consilux) dizem que não recebem recursos para terminar a obra, explicou Yunior Valcenas, um dos operários, à emissora britânica, BBC. No ano passado, a Consilux paralisou a construção de mais de mil casas de um complexo habitacional em Cidade Bolívar. apenas 346 foram concluídas. Segundo o representante dos trabalhadores, Pablo Marrero, a dívida para com os 576 operários, em Outubro, estava calculada em 176 milhões de bolívares (um euro equivale a mais de seis bolívares).

O deficit habitacional na Venezuela é de dois milhões de habitações. agravou-se no ano passado devido às fortes chuvas que afectaram o país e deixaram mais de 150 mil pessoas desalojadas. a Consilux foi uma das empresas estrangeiras contratadas no âmbito da Missão Moradia. O projecto de construção lançado pelo governo de Hugo Chávez tem duas grandes metas: conseguir 150 mil habitações em 2011 e acabar com o deficit habitacional até 2017.