Presidente da Comissão Europeia justifica em Bruxelas a sua presença na cerimónia de beatificação do papa João Paulo II, a 1 de Maio. Quis prestar homenagem à memória de «um grande europeu»
Presidente da Comissão Europeia justifica em Bruxelas a sua presença na cerimónia de beatificação do papa João Paulo II, a 1 de Maio. Quis prestar homenagem à memória de «um grande europeu»Questionado durante uma conferência de imprensa no final do encontro entre representantes das comunidades religiosas, que a Comissão organiza anualmente em Bruxelas, Durão Barroso explicou: Eu estive lá [no Vaticano] porque queria prestar homenagem a um grande homem, um grande europeu. a sua presença na cerimónia levantou alguma polémica, dado o cariz religioso da mesma. Durão Barroso apontou que se tratou de prestar homenagem a um homem que lutou por liberdade, incluindo liberdade religiosa, mas não só, também por liberdade contra regimes totalitários e alguém que era extremamente comprometido com os valores e ideais europeus. E acrescentou: algumas das páginas mais bonitas sobre a necessidade de a Europa estar unida, de respirar com dois pulmões, Ocidente e Leste, foram escritas por Karol Wojtila.

O presidente da Comissão Europeia lembrou que teve a honra de trabalhar com João Paulo II em diversos assuntos. Foi recebido no Vaticano em várias ocasiões, como quando, por exemplo, estava a tentar lutar pela liberdade e independência de Timor-leste. E concluiu: acho que era meu dever prestar homenagem à memória de um tão grande europeu. O encontro inter-religioso, na sua sétima edição, juntou cerca de 20 altos representantes das religiões cristã, judaica e muçulmana, bem como das comunidades budistas, e os presidentes das três instituições da UE: Durão Barroso, Herman Van Rompuy (Conselho Europeu) e Jerzy Buzek (Parlamento Europeu). Tratou o tema do processo de democratização em curso em vários países do Norte de África, tendo sido debatidas formas mais eficazes de garantir os direitos e liberdades, com vista a estabelecer uma parceria para a democracia e a prosperidade partilhada entre a Europa e os seus vizinhos.