a educação na África sub-sariana alcança resultados sem precedentes na sua história. No entanto, apesar de uma escolarização excepcional, a situação permanece frágil e é muito desigual de país para país
a educação na África sub-sariana alcança resultados sem precedentes na sua história. No entanto, apesar de uma escolarização excepcional, a situação permanece frágil e é muito desigual de país para país a avaliação é da UNESCO, organismo das Nações Unidas para a educação, ciência e cultura. Os progressos do último decénio merecem nota alta e o balanço é encorajador, apesar dos pontos negativos. O número de crianças matriculadas no ensino primário aumentou 48 por cento, isto é, passou de 87 para 129 milhões, ao passo que no ensino secundário e superior aumentou 60 por cento. Constata-se que a parceria entre os países africanos e os países doadores de apoios resultou numa mobilização para conseguir a educação para todos, explica a directora geral da UNESCO, Irina Bokova. Mostra ainda que os seus esforços dão fruto, com um número de crianças escolarizadas sem precedentes. Entre os bons alunos, estão Moçambique e Burundi, que aumentaram mais de 12 por cento as despesas com a educação. angola, Senegal, Etiópia e Camarões seguem-lhe o exemplo com aumentos superiores a 10 por cento. Pelo contrário, são maus alunos Guiné, Serra Leoa, Uganda, Madagáscar e República Centro-africana que gastam menos de 100 dólares por ano e por aluno. Todavia, não obstante o aumento do investimento na educação, muitos países africanos estão longe de proporcionar aos seus jovens condições aceitáveis. Os dados mais recentes mostram que, num terço dos países africanos, metade dos alunos não completa o ensino primário. Mais de 32 milhões de crianças em idade escolar não estão matriculadas. Falta mais de um milhão de professores. Os países africanos têm de aumentar os esforços nos próximos anos para manter esta tendência favorável. Tanto mais que o aumento da população não favorece a tarefa. Na África, a sul do Sara, as crianças dos quatro aos cinco anos deverão aumentar mais de 34 por cento nos próximos 20 anos.