Há mais de 20 anos imigrantes africanos tentam chegar à Europa via Lampedusa. Segundo a Fortress Europe, agência especializada em emigração, desde 1998 até 2010 morreram afogadas no Mediterrâneo 16 mil pessoas que buscavam uma vida melhor do outro lado do mar
Há mais de 20 anos imigrantes africanos tentam chegar à Europa via Lampedusa. Segundo a Fortress Europe, agência especializada em emigração, desde 1998 até 2010 morreram afogadas no Mediterrâneo 16 mil pessoas que buscavam uma vida melhor do outro lado do marFronteiras, a grande exposição panafricana que se encontra patente na Biblioteca Calouste de Gulbenkian, em Lisboa e retrata os dois lados da mesma moeda. É eminentemente actual e paradoxal num mundo onde, por um lado, se proclama e se pratica o desaparecimento das fronteiras políticas e económicas e, por outro, são erigidos muros para protegê-las, salientam as curadoras Michket Krifa e Laura Serani.
as obras que compõem esta exposição apresentam assim diversas interpretações e representações das questões sociopolíticas, culturais e identitárias que envolvem as fronteiras e as suas realidades complexas. São trabalhos que falam de fluxos migratórios, quer em direcção à Europa, quer dentro do próprio continente africano, onde as fronteiras são tão ou mais intransponíveis do que as que separam os outros continentes. a exposição Fronteiras – Encontros de Fotografia de Bamako poderá ser visitada até 28 de agosto, nas Galerias de Exposições Temporárias da Sede da Fundação Gulbenkian.