Reunidas em Roma para os seus Capítulos gerais, as duas famílias da Consolata tomaram conhecimento do processo de reforma em curso, desde 2004, na congregação dos Passionistas, apresentado pelo superior geral
Reunidas em Roma para os seus Capítulos gerais, as duas famílias da Consolata tomaram conhecimento do processo de reforma em curso, desde 2004, na congregação dos Passionistas, apresentado pelo superior geralComo organizar a vida missionária, no presente e no futuro, diante de um mundo caracterizado pelo secularismo, violência, terrorismo e fome? Que tipo de reestruturação é necessário para dar nova vitalidade à missão das congregações religiosas? a partir de preocupações como essas, o superior geral dos Passionistas, Ottaviano D”Egidio, partilhou com os missionários e missionárias da Consolata, a 23 de Maio, o processo de reestruturação em curso na sua Ordem. Envolvendo todos os seus religiosos, os Passionistas iniciaram, em 2004, uma ousada reforma da congregação. Segundo o padre Ottaviano, pensar a organização mais adequada para a vida consagrada é um dos maiores desafios enfrentados pelas congregações hoje. a partir do Concílio Vaticano II, a renovação da Igreja provocou um processo de re-fundação da vida religiosa, afirma o superior geral. É preciso ter olhos e coração abertos para repensar o carisma, a presença e a missão”. E acrescenta o teólogo: ” a eficácia da nossa missão é a nossa própria vida. Vivemos, se realizamos a nossa missão, assim como o fermento vive, somente se fermentar a massa. Estamos convencidos que temos de vencer as resistências e o medo do nosso próprio coração.

O objectivo do processo em curso é dar nova vitalidade, regressando ao interior do carisma da congregação, da Igreja e do mundo. abrir novos horizontes, com os grandes valores de referência, permitir-nos-á superar, com mais facilidade, a fragmentação no interior das províncias e os problemas que ao longo do caminho permanecem insolúveis, observou padre Ottaviano D”Egidio. Falando das dificuldades do processo de mudança, o teólogo advertiu para três tentações: a primeira é buscar soluções institucionais e técnicas evitando ir à raiz do nosso próprio ser consagrado. a segunda é a tentação do desconforto e de abandono, de caminhar diante das dificuldades, da idade avançada, da mentalidade. a terceira tentação a evitar é a incredulidade, não acreditar que as coisas podem mudar e que uma nova vida pode germinar. O conferencista está convencido que, “a oferta de nós mesmo vivendo serenamente e com fé, já é missão, uma oblação a Deus, uma oferta na cruz de Jesus”. a organização das instituições é instrumento de mediação para perceber a vontade de Deus. “Deus acompanha a nossa vida religiosa com sua palavra todos os dias que aparece aplicada à nossa realidade.
assessorados pela irmã Christine anderson, a mesma que, durante o XII Capítulo Geral está a acompanhar os trabalhos dos missionários da Consolata, os Passionistas escolheram a “solidariedade” como expressão evangélica, em três âmbitos: na formação, no pessoal e nas finanças. Outro desafio recorrente que pode bloquear o caminho é achar que não estamos prontos para a mudança. “Precisamos mais tempo de reflexão e aprofundamento que nos leve à conversão”. Segundo o conferencista, é uma afirmação muito comum. Reflectindo sobre esse medo, o religioso questionou: Se olharmos para o Evangelho [… ], chega o momento em que os discípulos devem superar todas as dúvidas para realizar os planos de Deus. Se Jesus tivesse de esperar que eles estivessem preparados, a hora da Paixão jamais teria chegado”, concluiu o padre. Fundados em Itália, pelo reitor do Santuário da Consolata, o beato José allamano, respectivamente em 1901 e 1910, os Missionários e Missionárias da Consolata, contam hoje com cerca de 1. 700 membros provenientes de diversos países e actuam em quatro continentes. Os trabalhos dos capítulos seguem com o discernimento das questões que se levantam e a escolha dos principais temas para serem discutidos e tomadas decisões.