O «acordo de Cartagena» estipula o regresso de Manuel Zelaya e a reintegração do país na Organização dos Estados americanos, depois de quase dois anos de suspensão
O «acordo de Cartagena» estipula o regresso de Manuel Zelaya e a reintegração do país na Organização dos Estados americanos, depois de quase dois anos de suspensãoO presidente de Honduras, Porfírio Lobo, e o presidente deposto, Manuel zelaya, assinaram, ontem, 22 de Maio, um acordo que autoriza o retorno deste último ao país da américa Central. O presidente Zelaya pode ir para Honduras e gozará de direitos e garantias que a Constituição lhe concede, afirmou Porfírio Lobo, antes de assinar o acordo. Da parte do Estado não haverá nenhum tipo de perseguição política contra ninguém, garantiu, segundo a emissora britânica, BBC.

Em 2009, um golpe de Estado depôs o então presidente, Manuel Zelaya. O antigo líder vive há quase dois anos exilado na República Dominicana. a justiça hondurenha anulou os processos de corrupção contra o ex-presidente, pois tratava-se de uma das condições das negociações. O retorno e a concessão de uma amnistia a Manuel Zelaya são as duas exigências impostas pela Organização dos Estados americanos para que Honduras possa reintegrar a entidade.

O acordo de Cartagena abre caminho para a legitimação do governo de Porfírio Lobo, que é posta em causa na região. a maioria dos países da américa do Sul, entre eles o Brasil, não reconhecem o actual governo hondurenho.