« a economia e a própria sociedade perdem todo o sentido se a pessoa humana não ocupar o primeiro lugar». Esta é uma das conclusões do congresso da CNIS sobre «Rumo solidário para Portugal»
« a economia e a própria sociedade perdem todo o sentido se a pessoa humana não ocupar o primeiro lugar». Esta é uma das conclusões do congresso da CNIS sobre «Rumo solidário para Portugal»Nos trabalhos em que participaram mais de três centenas de representantes de instituições de solidariedade social e que decorreu em Santarém, sobressaíram desafios. Vivemos tempos de profunda crise para a sociedade humana. Crise que obriga a fazer escolhas e a tomar decisões. Crise que é também geradora de responsabilidade e de oportunidade para mais solidariedade, mais eficiência, mais iniciativa social, mais voluntariado e mais participação da comunidade.
Os participantes defendem a necessidade de uma rede de serviços que produzam bens públicos e na qual participem todos os que possam contribuir para a resolução dos problemas humanos da sociedade. No congresso da Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade (CNIS) foi sublinhado que em algumas das regras e exigências do Estado é necessário bom senso: o fim da isenção do IV a e do IRC enquadra-se neste princípio. Deve haver mais Estado parceiro e motivador e menos Estado patrão.

Das várias intervenções no congresso salientam-se os seguintes desafios: a Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade (CNIS) exige ser reconhecida pelo Estado como representante das Instituições de Solidariedade e do próprio Sector Solidário e como tal ser membro de pleno direito do Conselho de Concertação Social. Impõe-se uma aposta permanente nos grandes desafios da inovação e da qualidade enquanto condição de sobrevivência para fazer bem defendendo-se o princípio da subsidiariedade, encarando-o como princípio fundador da existência, identidade, autonomia, e liberdade das instituições.

Grande parte da acção das instituições do sector solidário é de assistência e de resposta aos problemas humanos. ainda que esta actuação seja reactiva, o desafio que se coloca é de sermos capazes de procurar uma actuação proactiva, inovadora e que combata as causas dos problemas, em vez de nos ficarmos pela resposta às suas consequências ou efeitos, assinalam as conclusões.