«Escolhe a Vida e Viverás» é o tema da Semana da Vida 2011, que decorreu até hoje, 22 de Maio. Simão Pedro, missionário da Consolata, com vários anos de missão em Moçambique, apresenta a sua visão em quatro pontos
«Escolhe a Vida e Viverás» é o tema da Semana da Vida 2011, que decorreu até hoje, 22 de Maio. Simão Pedro, missionário da Consolata, com vários anos de missão em Moçambique, apresenta a sua visão em quatro pontos a vida
a vida é o primeiro dom que cada um de nós tem e o mais precioso. Este dom é o primeiro na ordem de todos os dons que temos. É o primeiro na lista dos valores que mais frequentemente esquecemos. Não nos damos conta da importância da vida, mas sem ela nada é possível.
a descoberta do trágico, do sofrimento, simbolizado nas dores da maternidade, e que conhece o seu auge na morte, dão um grande impulso à questão sobre o significado da vida. Porquê viver? De facto, o percurso da Filosofia ensina-nos que mais importante que as respostas são as perguntas, um eterno interrogar-se sobre o sentido da vida.

Escolhe
Vida ou Morte? a escolha é tua.
Deus criou o homem livre.compete a cada pessoa escolher a própria vida. Nos momentos de alegria e de tristeza, cada pessoa pode escolher. De facto, Deus não criou o mundo perfeito segundo os parâmetros do conceito grego filosófico da perfeição. O mundo é completo.
Vivemos num mundo com pétalas e com espinhos. Perante o dom da vida somos chamados a responder com amor, acolhendo o dom da vida e comunicando vida a todos. Não existe nenhuma situação onde não se possa escolher que resposta dar. Jesus deu o exemplo, deu a sua vida.

E viverás
a promessa da ressurreição feita por Jesus é a resposta à vida, é a vida que vence a morte, é o bem que vence o mal, é a alegria que vence a tristeza. É o valor máximo que vence sobre os valorzecos que trazem conforto, comodismo, egoísmo, precariedade, felicidade passageira. E quando o copo está cheio, não há espaço para a água boa. É preciso esvaziar os nossos copos de água estagnada, por vezes putrificada, para que possa ter espaço a água nova, a água da vida.

a gratuidade da vida
a vida não é um dom para meter na gaveta, é um dom que deve ser partilhado. a partilha exige que eu aceite o dom da vida presente em mim e presente nos outros. Uma vida aceite assim como é. Nenhuma dificuldade, nenhum argumento é um motivo suficientemente sólido para pôr o fim a uma vida.
aceitando verdadeiramente a minha vida, o dom da vida que há em mim, então eu poderei chegar ao ponto de dar a minha vida pelo outros, como repetia o beato José allamano, a fim de que a vida possa chegar a todos, a vida em abundância.