Milhares de pessoas estiveram no estádio do Restelo, Lisboa, para participar na cerimónia de beatificação da irmã Maria Clara do Menino Jesus. Fiéis de todo o mundo vieram atraí­dos pela devoção à «mãe Clara»
Milhares de pessoas estiveram no estádio do Restelo, Lisboa, para participar na cerimónia de beatificação da irmã Maria Clara do Menino Jesus. Fiéis de todo o mundo vieram atraí­dos pela devoção à «mãe Clara»Passava pouco das 11 horas, de 21 de Maio, quando o patriarca de Lisboa, José Policarpo, deu início à eucaristia da beatificação da irmã Maria Clara do Menino Jesus. Espanha, Brasil, Índia, México, Filipinas foram alguns dos países representados na cerimónia a que presidiu o cardeal patriarca de Lisboa, José Policarpo, numa celebração muito especial, segundo refere a Lusa. De São Paulo, Brasil, vieram mais de 60 pessoas ligadas à Congregação das Irmãs Hospitaleiras da Imaculada Conceição (CONFHIC). a congregação foi fundada em Portugal, por Libânia do Carmo, nome da irmã Maria Clara, e está presente em 14 países do mundo. Para a família religiosa, a Igreja hoje reconhecer madre Maria Clara no patamar mais alto da santidade, significa um ponto muito alto na nossa vocação. Se ela conseguiu, nós também podemos conseguir, explicou a representante brasileira, irmã Maria. De Espanha vieram também missionárias da congregação e leigos, mais de 30 pessoas, que integram o lar de idosos de Quintanar del Rey, em Cuenca.

Viemos com as irmãs da congregação que têm o lar e estamos muito contentes por estar aqui, afirmou Maruja. É um acontecimento muito especial, ver chegar aos altares a sua fundadora. Portugal fez-se representar por leigos de vários pontos do país, inclusive dos açores, de onde chegaram 70 pessoas. Ela faz-nos um grande apelo à santidade porque viveu a plenitude do Evangelho. a esperança é um grande apelo que ela nos lança, hoje, com a beatificação, disse a irmã Helena. apesar de a maioria dos presentes na cerimónia de beatificação pertencerem às delegações da CONFHIC de vários países, muitos outros quiseram participar no acontecimento. Foi o caso de Fernanda Santos e Joaquina Reis que, movidas pela fé, não quiseram perder o acontecimento da beatificação da irmã Maria Clara do Menino Jesus, a sexta portuguesa a ser beatificada. Todas as beatificações têm graças especiais e esta especialmente também. Nossa Senhora está a avisar-nos de várias coisas e tudo o que pudermos absorver e transmitir não é um dever, é um gosto, um prazer, é a fé, sustentou Fernanda Santos.

O milagre concedido à devota espanhola, de 83 anos, Georgina Trancosco, por intercessão da beata Maria Clara do Menino Jesus, foi escolhido pela CONFHIC, entre muitos outros, para iniciar o processo de beatificação da mãe Clara. Foi curada miraculosamente de uma doença cutânea no braço, da qual sofria há mais de 30 anos. a CONFHIC irá avançar com o processo de canonização da sua Fundadora. Para isso, “será necessário que aconteça outro milagre, após a sua beatificação”. Libânia do Carmo Galvão Mexia de Moura Telles e albuquerque (1843-1899) juntou-se, a partir de hoje, a outros portugueses que foram beatificados, pela missão de atender às necessidades da época, sobretudo junto dos pobres, doentes, órfãos, idosos e crianças” e a de “espalhar a mensagem de Deus por todo o mundo.