Madre Maria Clara do Menino Jesus, a mãe dos pobres foi beatificada numa celebração em que participaram dez mil fiéis. Festa litúrgica é a 1 de Dezembro
Madre Maria Clara do Menino Jesus, a mãe dos pobres foi beatificada numa celebração em que participaram dez mil fiéis. Festa litúrgica é a 1 de DezembroO cardeal patriarca de Lisboa defendeu que a santidade é uma experiência humana que só Deus conhece. Na homilia da Eucaristia de beatificação da Madre Maria Clara do Menino Jesus, José Policarpo assinalou que ser santo é viver a vida numa progressiva identificação com Cristo que nos introduz no mistério do amor trinitário. Só mergulhando nesse mistério insondável do amor divino, se pode viver santamente a vida.
a maneira como um santo vive é sempre uma interpelação à fidelidade e à santidade, pela sua vida e pelo seu testemunho de vida. Não há dois santos iguais. Sendo uma resposta pessoal a um apelo contínuo do amor, envolve a história pessoal de cada um, os dons pessoais com que foi criado, a sua resposta aos apelos concretos das circunstâncias, do tempo e da história, frisou o patriarca debaixo de um sol intenso.

Libânia do Carmo, que tomou em religião o nome de Clara do Menino Jesus, nasceu num tempo singular e sentiu os desafios de ser cristã e de ser Igreja, numa sociedade cultural e politicamente a afastar-se do ideal cristão. O momento político e social conturbado, na segunda metade do século XIX em Portugal, e as epidemias da peste indicaram-lhe os pobres como destinatários do seu amor.

Foi a primeira portuguesa a fundar uma congregação. Percebeu que a mulher que quer ser santa é chamada a ser uma explosão do amor de Deus, aquele amor que transforma o mundo, realçou José Policarpo. Foi ainda a primeira congregação a enviar religiosas para angola. Destaca-se pela sua ousadia missionária e a sua firmeza. Mas não desistir é apanágio dos santos, acrescenta o cardeal.

Hoje, ela lança um desafio às religiosas da Congregação das Irmãs Franciscanas Hospitaleiras da Imaculada Conceição que fundou: Sejam hoje o que a circunstância concreta do sofrimento humano exige de vós, afirmou o presidente da celebração em que participou o legado papal, o cardeal angelo amato, prefeito da Congregação para a Causa dos Santos.