Feliciano Garcês dirige há 12 anos a peregrinação anual a Fátima de um grupo de Paredes. à Fátima Missionária explicou como decorrem os vários dias de caminhada. «Fazer ver às pessoas que, se derem um pouco delas aos outros, podem tornar a sua vida melhor» é um dos objectivos
Feliciano Garcês dirige há 12 anos a peregrinação anual a Fátima de um grupo de Paredes. à Fátima Missionária explicou como decorrem os vários dias de caminhada. «Fazer ver às pessoas que, se derem um pouco delas aos outros, podem tornar a sua vida melhor» é um dos objectivosO número de pessoas aumentou porque começamos a fazer desta caminhada a Fátima uma peregrinação. Procuram-nos e querem vir connosco pela dimensão espiritual que lhe damos, explica. Não se trata de uma simples caminhada a Fátima, pois, todos os dias, celebrava-se a missa e o terço meditado. Há 12 anos, contava-se uma centena de peregrinos, hoje são 426, esclarece. Perante tamanho aparato, por vezes, acontece que outros pequenos grupos se juntem aos peregrinos da Obra da Caridade ao Doente e ao Paralítico.

Esta manifestação de fé conta com o apoio de 95 voluntários de diferentes sectores, desde a enfermagem à distribuição de água. a grande maioria já foi peregrino e propõe-se a retribuir a outros o apoio que lhes foi dado. Parte da reflexão que fazemos ao longo deste percurso é fazer ver às pessoas que, se derem um pouco delas aos outros, podem tornar a sua vida melhor, sentirem-se realizadas.
É toda uma organização que permite que as pessoas estejam preparadas para chegar a Fátima. a partir de Setembro iniciam-se os primeiros contactos, efectuam-se reuniões entre os cinco grupos de trabalho para que haja espírito de grupo. É preciso preparar os voluntários e depois os peregrinos, explica o sacerdote de 42 anos.

Os dias de peregrinação começam às cinco da manhã para que, por volta das seis, o grupo possa prosseguir viagem. Enquanto os peregrinos caminham, os voluntários vão-se preparando. Em média, a cada quilómetro, é estabelecido um posto de enfermagem intercalado com um posto de distribuição de água. Tudo é preparado ao pormenor: há um senhor cuja função é ser o último, para dar a indicação de que não falta ninguém. as noites, essas, são passadas em pavilhões gimno-desportivos.

Por volta das 22:30 horas apagam-se as luzes para que os peregrinos possam descansar. Os voluntários, eles, continuam a trabalhar: reunidos fazem uma avaliação do dia que acabou e programam a próxima jornada que se avizinhava. a Feliciano Garcês sobravam poucas horas para poder repousar: por volta da 1:30 da manhã deitava-se, às 5:00 horas já estava a pé para preparar mais um dia de caminhada.