Deslocados internos recusam regressar a casa por não se sentirem seguros nas suas zonas de origem. Nações Unidas comunicam a descoberta de 52 corpos em valas comuns
Deslocados internos recusam regressar a casa por não se sentirem seguros nas suas zonas de origem. Nações Unidas comunicam a descoberta de 52 corpos em valas comunsNão volto para casa enquanto adolescentes de 12 e 13 anos, que eu conheço bem, não forem desarmados. Todos temos medo, porque há demasiadas armas a circular, explica Justine Gueu, uma das muitas deslocadas internas da Costa do Marfim. Tal como muitos outros milhares, Justine refugiou-se em Duékoué, na zona oeste do país. Segundo as Nações Unidas (ONU), 1. 040 pessoas estão a viver numa missão protestante e 27. 503 outras no centro católico de Duékoué. a ONUCI – missão local da ONU – alerta para as precárias condições de vida dos cidadãos deslocados: há falta de mantimentos, água potável e medicamentos.

O conflito pós-eleitoral que opunha Laurent Gbagbo, presidente derrotado, a alassane Ouattara, presidente eleito, fez três mil vítimas, de acordo com a agência MISNa. O restabelecimento da ordem e a reconciliação nacional são duas prioridades do novo governo, mas a insegurança mantém-se. Ontem, as Nações Unidas comunicaram a descoberta de 52 corpos em valas comuns na capital comercial, abidjan. a organização acredita que o massacre tenha sido cometido por forças leais a Laurent Gbagbo.