«Sendo inevitável recriar o modelo económico e social, esta redefinição deve ser inspirada nos valores do humanismo cristão, corporizado na doutrina social católica e nos seus princípios nucleares: dignidade da pessoa humana, bem comum, subsidiariedade e solidariedade»
«Sendo inevitável recriar o modelo económico e social, esta redefinição deve ser inspirada nos valores do humanismo cristão, corporizado na doutrina social católica e nos seus princípios nucleares: dignidade da pessoa humana, bem comum, subsidiariedade e solidariedade» a associação Cristã de Empresário e Gestores (aCEGE) defende que a actual crise portuguesa coloca uma emergência individual, uma emergência económica, uma emergência social e uma emergência política. Numa reflexão sobre a crise, a associação critica as políticas sociais insustentáveis e insolventes que são gravemente enganadoras dos povos e constituem uma falta de respeito sobretudo pelos mais vulneráveis e que mais confiaram na protecção que lhes foi prometida. São ainda altamente lesivas das gerações mais novas, para as quais se estão a transferir custos injustos e uma enorme insegurança quanto a níveis futuros de protecção social.
a aCEGE atribui as culpas das duas maiores chagas da sociedade, o desemprego e a pobreza ao desperdício do Estado. Portugal sofre de uma doença prolongada: a dependência do Estado. Esta doença alimenta o medo português, bloqueia o nosso dinamismo e é o caldo cultural onde nascem as más políticas públicas, assinala no documento de 17 pontos.

a associação defende a reestruturação dos serviços, dos organismos públicos e do sector empresarial do Estado, mas com respeito pelos funcionários públicos e com base em princípios de justiça social. Lembra ainda o documento, a necessidade dos empresários pagarem os impostos que, embora desproporcionados são essenciais para superar a crise. E apela para que o despedimento aconteça apenas em último recurso.

Nas soluções que a aCEGE apresenta para sair da crise assinala uma atitude que todos os portugueses devem ter. É que depende de mim. além disso, a fé cristã reclama de cada um de nós que saibamos ser felizes nas dificuldades, agradecendo tudo quanto temos e tomando os outros como a nossa prioridade. Para um cristão íntegro, todos os momentos são momentos de esperança e de serviço.