O cardeal-patriarca de Lisboa «não estava à espera» da eleição. aliás «vim para aqui com a decisão de que se isso acontecesse dizer que não». Mas aceitou pela «disponibilidade para servir»
O cardeal-patriarca de Lisboa «não estava à espera» da eleição. aliás «vim para aqui com a decisão de que se isso acontecesse dizer que não». Mas aceitou pela «disponibilidade para servir»Não quero de maneira nenhuma que a aceitação de um mandato de três anos como presidente possa ser interpretado como qualquer pressão para prolongar o meu mandato como patriarca de Lisboa, explicou, citado pela Lusa. José Policarpo completou 75 anos em Fevereiro, altura em que pediu a resignação do cargo, por ter atingido o limite da idade canónica.
Mas o núncio apostólico em Portugal, presente na reunião, não viu dificuldade que aceitasse a eleição, explicou o recém-eleito presidente da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP). aceitei na medida em que o meu princípio foi sempre a disponibilidade para servir, disse. O mais que pode acontecer é que a Santa Sé se sinta livre para me dispensar do Patriarcado de Lisboa quando quiser e a conferência terá que eleger outro presidente nessa altura, afirmou.

Os bispos portugueses encontram-se a repensar a pastoral da Igreja em Portugal. Sobre este desafio, o patriarca de Lisboa salienta que neste momento há uma reflexão a fazer que é do ângulo específico da intervenção da Conferência Episcopal na vida da Igreja. José Policarpo defende que a autonomia de iniciativa e responsabilidade pastoral das dioceses e dos bispos diocesanos é essencial, mas, no entanto, nós em conjunto só nos podemos ajudar uns aos outros, acrescentou. Neste momento que Portugal está a viver a Igreja tem que ter muito claro qual é o género de intervenção, frisou o presidente da CEP.