Secretário-geral da amnistia Internacional, em missão no Brasil, diz-se chocado com a percepção dos direitos do homem no país. Não são vistos como uma oportunidade mas como um problema, observa
Secretário-geral da amnistia Internacional, em missão no Brasil, diz-se chocado com a percepção dos direitos do homem no país. Não são vistos como uma oportunidade mas como um problema, observaHá a percepção pública de que é preciso optar entre direitos humanos e segurança pública, ou entre direitos humanos e desenvolvimento, constata Salil Shetty. Os direitos humanos são vistos como um problema, e não como uma oportunidade, afirma, segundo a BBC, emissora britânica. a segurança pública, a actuação da polícia e os direitos indígenas estão entre as questões mais preocupantes.

O secretário-geral da organização para a defesa dos direitos humanos reconhece avanços no último decénio. O Brasil é dos poucos países com um plano nacional de direitos humanos e com iniciativas concretas sobre tortura, protecção de testemunhas, entre outros. O programa governamental Bolsa Família favoreceu o combate da desigualdade. Shetty enalteceu as declarações da presidente, Dilma Rousseff, em defesa dos direitos humanos, mas lembrou que o valor está nas acções. Implementar é um grande desafio num país como o Brasil.

as pessoas precisam de emprego, precisam de sustento, é assim que vão abandonar as actividades ligadas ao crime, afirmou. O crescimento e o desenvolvimento são indissociáveis do respeito pelos direitos humanos. Se você tem altos níveis de desigualdade e as pessoas não têm uma voz, é insustentável, lembrou, referindo as revoltas populares em países do norte de África e Médio Oriente.