Tiken Jah Fakoly, artista marfinense, serve-se das suas músicas para denunciar um grande mal do continente africano, a corrupção. Fala da situação da Costa do Marfim e do desejo que alimenta de ver chegar a revolução africana
Tiken Jah Fakoly, artista marfinense, serve-se das suas músicas para denunciar um grande mal do continente africano, a corrupção. Fala da situação da Costa do Marfim e do desejo que alimenta de ver chegar a revolução africanaEm dez anos de mandato, nada fez. Não deu trabalho aos jovens, as crianças não foram às escolas e a corrupção atingiu um nível impressionante, diz do presidente derrotado e recentemente detido, Laurent Gbagbo. Para o popular cantor, a entrada de um novo líder para a presidência da Costa do Marfim, assim como o processo de reconciliação nacional e a unidade do país são elementos fundamentais nesta nova fase.
a revolução no mundo árabe há-de chegar à África Negra. Mas só dentro de dez ou quinze anos, pois não estamos preparados, a maioria não sabe ler nem escrever, explica, em entrevista ao jornal afrik.com. O sector da educação está mais avançado no Médio Oriente e no Magreb, o que ajudou ao surgimento das manifestações populares nesta região do continente. Tiken Jah Fakoly não esconde o desejo de ver eclodir uma primavera subsariana, idêntica à que se estende pelos países árabes. Reconhece, contudo, que não será fácil explicar ao povo africano que é necessário reunir-se na praça pública para lutar pelos seus direitos.

a educação é importante, mas a unidade é condição incontornável para o desenvolvimento de África. Destaca ainda a necessidade de proteger as matérias-primas, riquezas naturais do continente. através da música, assume o cargo não oficial de embaixador de África. No seu novo álbum, o artista, natural da Costa do Marfim, defende a liberdade de expressão e o combate da corrupção.