«Será que nos reunimos à volta de fotografia amarelecida pelo tempo?», interroga o celebrante a assembleia reunida para celebrar a Paixão de Cristo, em São Marcos, Cacém
«Será que nos reunimos à volta de fotografia amarelecida pelo tempo?», interroga o celebrante a assembleia reunida para celebrar a Paixão de Cristo, em São Marcos, CacémÀs 15 da tarde de sexta-feira santa, o pequeno grupo de jovens da Consolata junta-se à comunidade cristã de São Marcos num templo antigo bem cuidado. Não nos recolhemos aqui para chorar, avisa Luís Maurício, missionário da Consolata argentino, que orienta a Páscoa Jovem com uma equipa constituída por leigos que renunciaram às suas férias de Páscoa para acompanhar os jovens nesta reflexão pascal. Cristo está vivo! No entanto, o mesmo Cristo que há dois mil anos foi crucificado continua a ser crucificado hoje. O sacerdote interroga: Somos nós crucificadores ou crucificados?. Para de imediato responder: Seja qual for a resposta, Cristo sofre?. a morte tem origem no prazer , no poder, em tudo o que não faz sentido. a terminar a sua reflexão, o celebrante lembra que por trás de Cristo crucificado está um tesouro: está a chave da nossa consolação. Pela força que brota da cruz, a nossa história tem um final feliz, porque a vida está escondida dentro da cruz. a celebração hodierna é toda marcada pela meditação da Palavra de Deus, a que se seguem as preces. Na celebração hodierna, a comunidade de São Marcos rezou, em especial, pela Europa cada vez mais secularizada, pelo caminho de unidade dos cristãos, pela situação que a nossa sociedade está a viver e ainda pelas vítimas da injustiça, da violência, da guerra e das catástrofes naturais.