O gesto ganhou de novo vida. Tal como Jesus lavou os pés aos discípulos na última Ceia, na Páscoa Jovem Missionária em alvaiázere fez-se memória deste momento
O gesto ganhou de novo vida. Tal como Jesus lavou os pés aos discípulos na última Ceia, na Páscoa Jovem Missionária em alvaiázere fez-se memória deste momentoOs pascoalinos e algumas pessoas da comunidade tomaram o lugar dos apóstolos e o sacerdote repetiu o gesto na noite de quinta-feira Santa, durante a Eucaristia, depois de ouvido o Evangelho que relatava esse mesmo acontecimento. O primeiro dos dias do Tríduo Pascal é especialíssimo, ou devia ser, frisou o padre albino Brás, no início da homilia da Ceia do Senhor. Porque foi na Última Ceia que Jesus instituiu a Eucaristia (‘Fazei isto em memória de mim’) e porque foi instituído o sacerdócio. É aliás na Missa Crismal, celebrada na manhã de quinta-feira Santa que os sacerdotes renovam o seu Sim a Deus.
Deus é amor. Fora do amor não existe Deus. Deus só sabe amar e dentro do saber amar está tudo o resto, explicou o missionário da Consolata. a Eucaristia da Última Ceia é afinal, a celebração da expressão máxima desse amor, já que Deus deu a sua vida, tornou-se oferta. E nós? Damos muitos presentes, mas raras vezes somos presente para os outros, realçou albino Brás.

Natural da comunidade onde está a ser efectuada uma das três edições deste ano da Páscoa Jovem Missionária (as outras são em São Marcos, Cacém e São Paio de Vizela), o desafio foi lançado logo no início do dia, aos dez pascoalinos que se encontram em alvaiázere: Faz do pão partido para a Eucaristia, pão repartido para a vida do mundo. E hoje não basta partir, é preciso repartir, disse o sacerdote.

aos fiéis, o missionário desafiou a fazer como Jesus, isto é, a colocar o avental à cintura e a colocar-se ao serviço do Evangelho. E até na Igreja fala muito para servirmos o Evangelho como a maior expressão do amor, defendeu. No final da Eucaristia, depois de colocada a píxide com as hóstias num outro sacrário (Sexta-feira Santa é o único dia em que não é celebrada a Eucaristia e não é sagrado o pão e o vinho), pascoalinos e comunidade permaneceram em silêncio e oração diante do sacrário.