Meu povo, que mal te fiz eu? Em que te contristei e ofendi? Que mais podia eu fazer por ti? Responde-me!?
Meu povo, que mal te fiz eu? Em que te contristei e ofendi? Que mais podia eu fazer por ti? Responde-me!?Dia da comemoração da paixão e morte do Senhor Jesus, para salvar a humanidade de seus pecados. Sexta-feira santa é o dia em que, em vez de entregar o homem à morte pelos seus crimes, Deus preferiu entregar o seu Filho Unigénito à morte pelos nossos pecados. É o dia em que cada cristão deve pensar no preço do seu próprio resgate, que o Filho de Deus pagou com a própria vida na sua paixão e na sua morte. Nos tempos antigos, muita gente pensava que sexta-feira santa era o dia ideal para plantar sementes na terra para que bem frutificassem. Escondida debaixo da terra e debaixo da terra morrendo, a semente produzia frutos novos. assim a plantação’ de Jesus morto no sepulcro, na primeira sexta-feira santa, recorda-nos os frutos de salvação e de vida eterna que esta morte e sepultura de Cristo nos trazem na sua ressurreição.
Tem a humanidade tantos sinais que a fazem reviver a felicidade ou a tristeza, sinais que fazem pensar no amor ou no ódio, na bandeira nacional ou na cruz gamada, sinais de perigo, de ajuda, de alegria. Quando olhamos para uma cruz, deveríamos pensar que a cruz e a crucifixão de Jesus são o sinal, o emblema da sua angústia e rebaixamento, da sua ignomínia e falta de toda a beleza. Foi desta angústia e desta imensa dor da crucifixão que nós recebemos o prémio da vitória da sua ressurreição. Quão importante é para nós recordarmos frequentemente o custo enorme do verdadeiro amor. Bom seria também colocarmo-nos por instantes no lugar das personagens da paixão e da parte que elas nela tiveram. Por exemplo, no lugar de Maria Madalena e de Pedro; da Verónica e de Judas; do Cireneu e das mulheres de Jerusalém. Colocarmo-nos firmemente no lugar da Mulher forte aos pés da cruz: a Virgem Santa Maria, mãe do crucificado Salvador, com o seu coração atravessado por uma espada de dor.
Desde a primeira sexta-feira santa, aumentou para nós o ciclo da vida. antes era: vida-morte. Desde então: vida-morte-Vida. amar sem sofrer era para Cristo falsidade. Vivermos sem amar seria para nós a contradição da vida. E na oferta, mesmo o sofrimento se torna alegria vivificante: para Cristo e para cada um de nós. Deus eterno e omnipotente, consolação dos tristes e força dos que sofrem, ouvi a súplica dos que vos invocam na tribulação, para que todos experimentem nas suas adversidades a alegria de serem assistidos pela vossa misericórdia.