Na zona oeste da Costa do Marfim, inúmeras pessoas que fugiram da violência do conflito político, nas últimas semanas, continuam com medo de regressar a casa
Na zona oeste da Costa do Marfim, inúmeras pessoas que fugiram da violência do conflito político, nas últimas semanas, continuam com medo de regressar a casaalgumas aldeias estão desertas, pois os habitantes estão refugiados na Libéria ou escondidos na floresta. O já sobrelotado campo de Duékoué, localizado no terreno de uma missão católica, acolhe pessoas que habitavam a umas centenas de metros, mas que temem regressar a casa. O número de pessoas lá abrigadas duplicou, atingindo as 28 mil pessoas. Tornou-se difícil viver no campo: faltam abrigos, água, comida, e principalmente espaço. Os deslocados vêem-se obrigados a dormir amontoados e, por vezes, à chuva.

Desde Dezembro, membros dos Médicos Sem Fronteira dão assistência à população refugiada. Nas últimas semanas, a organização tem atendido cerca de 200 pessoas por dia. além dos feridos a tratar, surgem muitos casos de paludismo. as más condições de vida no campo fazem aumentar os casos de diarreia, infecções respiratórias e desnutrição. Por motivos de segurança e apesar da proximidade, as pessoas temem dirigir-se ao hospital.