O actual chefe de estado, Goodluck Jonathan é apontado como favorito nas eleições presidenciais da Nigéria. Entre os 20 candidatos, o principal adversário do favorito é o ex-ditador Muhammadu Buhari, 69 anos, muito popular no norte do país
O actual chefe de estado, Goodluck Jonathan é apontado como favorito nas eleições presidenciais da Nigéria. Entre os 20 candidatos, o principal adversário do favorito é o ex-ditador Muhammadu Buhari, 69 anos, muito popular no norte do paísas presidenciais inserem-se num quadro de várias eleições, que são vistas como um teste à capacidade do país para organizar actos eleitorais transparentes e virar a página depois de um historial de votações violentas e fraudulentas. Uma verdadeira maratona de eleições: as legislativas de sábado, 9 de abril, decorreram num ambiente de calma relativa, apesar de um ou outro caso de violência; a16, tiveram lugar as presidenciais e, a 26 de abril, decorrerão as eleições para os governadores e para as assembleias estaduais.

as presidenciais decorreram sob fortes medidas de segurança. Mais de 73 milhões de eleitores pronunciaram-se sobre os 20 candidatos, embora apenas quatro possam aspirar à vitória. além de Goodluck Jonathan, cristão, outro candidato de peso é o ex-ditador Muhammadu Buhari, muçulmano. Para evitar uma segunda volta, o vencedor deve alcançar um quarto dos votos em dois terços das províncias e na capital, abuja. Terá, além disso, de lidar com as tradicionais acusações de fraude eleitoral, recorrentes desde que a Nigéria regressou, em 1999, a um regime pluralista.como sucedeu nas presidenciais de 2003 e 2007, estas últimas foram classificadas como “caóticas” pelos observadores internacionais.

a Nigéria é o maior produtor de petróleo de África e o país mais populoso do continente, com cerca de 155 milhões de habitantes. Goodluck Jonathan, antigo vice-presidente que se tornou chefe de Estado em Maio de 2010, devido à morte do presidente Umaru Yar’adua, é o candidato do Partido Democrático do Povo, que domina a cena política e tem ganho as presidenciais desde 1999. a sua reeleição poderá não ser fácil. Os analistas vêem Buhari, que dirigiu a Nigéria com mão de ferro em 1984-85, como um verdadeiro rival para Jonathan. a luta contra a corrupção e a falta de electricidade num país que vive ao ritmo de geradores foram temas cruciais da campanha.