“Cristo obedeceu até à morte e morte de cruz. Por isso, Deus exaltou-O e deu-Lhe o nome que está acima de todos os nomes”, lemos no Evangelho
“Cristo obedeceu até à morte e morte de cruz. Por isso, Deus exaltou-O e deu-Lhe o nome que está acima de todos os nomes”, lemos no Evangelhoao começarmos esta Semana Santa, consideremos o comportamento dos vários grupos de pessoas durante a Paixão do Senhor. Descobriremos que todos fazemos parte de um desses grupos. No primeiro, encontramos os apóstolos e a maior parte do povo de Jerusalém: abandonaram Jesus à selvajaria dos soldados romanos, ou pediram mesmo a morte do Senhor. No segundo grupo, vemos Pôncio Pilatos: chegou à conclusão que Jesus estava inocente mas, por covardia, condenou-O à morte. Temos finalmente no terceiro grupo Maria, Mãe de Jesus, João Evangelista, a Verónica, as mulheres de Jerusalém e várias outras pessoas que não concordaram com o mal feito a Jesus Cristo, caminharam com Ele para o Calvário e ministraram ainda cuidados especiais ao seu corpo já morto. através da história, incluindo os nossos dias, todos pertencemos a um dos grupos acima mencionados.

Não chores. Chorarei eu por ti!. Tornando-se Servo Sofredor de Iavé, o Verbo fez-se carne humana, tornou-se solidário com a nossa fraqueza e o nosso pecado para nos reconduzir à casa do Pai. Podemos ouvi-l’O repetir a cada um de nós: Não chores, chorarei eu por ti!. Sofreu, morreu e ressuscitou por nós. Tudo na sua pessoa era altruísmo divino, tudo era caridade, misericórdia, perdão, amor. Segui-l’O passo a passo, esta semana; deixarmos bater o nosso coração em sintonia com o seu; tornarmo-nos solidários daqueles que sofrem no corpo ou no espírito; vermos se Ele ocupa o lugar de honra na nossa vida: só assim poderemos mostrar que acreditamos na nossa vocação cristã, como Ele acreditou e realizou a sua vocação de Salvador. a paixão, morte e ressurreição de Cristo não são, para nós, simplesmente factos históricos do passado. Têm de entrar na nossa vida para nos transformar em operadores de salvação. Não chores, chorarei eu por ti, devem as nossas acções dizer aos que não encontram sentido para o seu sofrimento.

No Getsémani, os apóstolos faltaram miseravelmente às promessas de fidelidade feitas a Jesus. Nós não queremos faltar. Durante esta semana, veremos o coração da Virgem trespassado pela espada da dor atroz, ao contemplar os sofrimentos e a morte de seu Filho. Seremos nós capazes de lhe dizer: Virgem Santa, não chores: chorarei eu por ti – ou, ao menos, contigo?. Nesta frase: Deus amou de tal maneira o mundo que entregou o seu Filho à morte pela salvação do mundo, deve apoiar-se todo o significado da história da humanidade, uma frase que deve estabelecer uma ligação irrevocável entre nós e Cristo. Semana Santa! Semana da Memória! Semana da Verdade! Valeu a pena – pode Cristo perguntar-nos – tudo o que passei por ti?. a cada um de nós, o dever de dar uma resposta segura e alegre.