O Vaticano manifestou intenção de dialogar com as autoridades chinesas e de estabelecer uma comunicação que melhore as relações entre a Igreja católica e a China

O Vaticano manifestou intenção de dialogar com as autoridades chinesas e de estabelecer uma comunicação que melhore as relações entre a Igreja católica e a China
Um documento divulgado a 14 de abril, fruto da quarta reunião plenária da comissão criada em 2007, pelo Papa Bento XVI, para “estudar as questões de maior importância” relativas à vida da Igreja católica na China, apontaram problemas de relacionamento entre a hierarquia designada pelo Papa e o regime de Pequim, que levou à divisão dos católicos chineses.
“Esperamos que o diálogo sincero e respeitoso com as autoridades civis ajude a superar as dificuldades do momento actual, a fim de que a relação com a Igreja católica possa contribuir para a harmonia na sociedade”, lê-se no documento. Na mensagem, os participantes manifestaram dor pelas provações que afectam os católicos na China, falando num clima geral de desorientação e ansiedade, face ao futuro.
Em 2010, o regime chinês ordenou um bispo sem o consentimento do Papa e a aPC (associação Patriótica Católica), subordinada a Pequim, promoveu uma assembleia de representantes católicos que foi criticada pela Santa Sé. O comunicado do Vaticano menciona o episódio da ordenação episcopal de Chengde, reafirmando a sua decisão de não a considerar “inválida”, mas “gravemente ilegítima”, por ser conferida sem mandato pontifício.
O Vaticano manifesta preocupação perante a necessidade de escolher bispos para várias dioceses que se encontram vacantes, isto é sem bispo, e destaca a importância de promover a formação dos seminaristas e religiosas, dentro e fora da China. Os membros da comissão manifestam o seu reconhecimento pelo interesse do Papa, que seguiu os trabalhos e deixouum convite à oraçãopara opróximo dia 24 de Maio “pela Igreja na China”.