O missionário da Consolata, Inácio Saure, foi nomeado bispo de Tete, diocese moçambicana, pelo Santo Padre. «Estar à escuta para ver como melhor servir este povo de Deus» é o principal objectivo futuro do sacerdote de 51 anos
O missionário da Consolata, Inácio Saure, foi nomeado bispo de Tete, diocese moçambicana, pelo Santo Padre. «Estar à escuta para ver como melhor servir este povo de Deus» é o principal objectivo futuro do sacerdote de 51 anosTete tem uma boa força missionária, mas que não chega para cobrir as necessidades pastorais da diocese, afirma o missionário moçambicano. Há um bom grupo mas ainda há várias comunidades cristãs que não têm nenhuma assistência [de um sacerdote]. O grande problema é a falta de clero diocesano. Este é portanto um dos grandes desafios da pastoral vocacional e da formação dos próprios cristãos, pois os animadores das comunidades não têm quem os guie.
No campo social, destaca a questão da exploração de carvão e outros minérios. apesar de atrair investidores, empresas e novos projectos, incentiva a subida dos preços dos produtos, a nível local. O elevado nível de desemprego e os ordenados muito baixos fazem com que o poder de compra das comunidades seja, por sua vez, muito baixo. a exploração dos minérios pode originar, ainda, problemas de deslocamento da população.

Inácio Saure trabalhou como missionário na República Democrática do Congo, onde ajudou a desenvolver uma escola de informática num bairro isolado e um projecto agrícola, junto de populações com dificuldades em trabalhar a terra. Em 2007, já em Moçambique, actuou junto do reitor interino do seminário filosófico dos Missionários da Consolata e, mais tarde, passou a trabalhar no Noviciado em Maputo.

a nomeação para o cargo de bispo de Tete, diocese do noroeste do país, é uma oportunidade para conhecer melhor o povo moçambicano. O futuro será uma grande escola, que lhe permitirá aprender muito. Não só porque estive cerca de doze anos fora do meu país, mas porque é sempre uma nova realidade, indica. Pretende aprender junto das populações e contribuir com o que for capaz; mas sobretudo, estar à escuta para ver como melhor servir este povo de Deus, de Tete, acrescenta.