O voluntariado «não tem ligação alguma com os governos nem com os poderes políticos legitimamente constituídos»
O voluntariado «não tem ligação alguma com os governos nem com os poderes políticos legitimamente constituídos»O padre Ramón Cazallas defende que os cristãos crescerão na sua fé e no seu compromisso na medida em que acreditarem e fizerem com o pobre o que fariam com Jesus. E muitas vezes, a proximidade física com quem precisa não significa que o apoio seja dado. assim, o desafio que se nos apresenta é crescer na consciência da presença e proximidade de Jesus nos pobres que encontramos, que batem à nossa porta e que, com muita frequência, despachamos com um “não tenho nada”, “volte noutro dia”, “deixe de pedir e trabalhe” ou outras tantas frases já feitas.
No calendário meditado para o mês de abril, o missionário da Consolata lembra que temos tanta gente boa à nossa volta, cristãos ou não, que são testemunhas desta presença próxima das pessoas que sofrem e que precisam de uma mão amiga para poder prosseguir na sua própria vida. Este voluntariado, ao reconhecer Jesus nos pobres, mudará completamente não só a vida e a existência do voluntário mas também a vida da pessoa que é ajudada, realça o superior da comunidade de Águas Santas.
Ramón Cazallas lembra Madre Teresa de Calcutá e a sua preocupação e dedicação aos pobres nas pessoas concretas. Dizia ela: Para nós, os pobres não são as multidões, é o velhinho concreto, com nome e apelido, que ajudamos até ao último respiro, é o doente que acompanhamos, às vezes com a nossa impotência, vendo nele a pessoa de Jesus.com o carinho e ajuda, a pessoa recupera a dignidade e sai do anonimato, lembra o sacerdote.