O número de atendimentos aos mais necessitados realizados pelas Cáritas diocesanas aumentou 40 por cento. Dados apresentados no Conselho geral da Cáritas Portuguesa que decorreu em Quiaios, Figueira da Foz
O número de atendimentos aos mais necessitados realizados pelas Cáritas diocesanas aumentou 40 por cento. Dados apresentados no Conselho geral da Cáritas Portuguesa que decorreu em Quiaios, Figueira da Foz63. 462 pessoas que pertencem a 24. 411 famílias pediram ajuda à Cáritas Portuguesa para fazer face à crise. Estes dados são de uma pequena amostra do país, 99 paróquias de oito dioceses. À organização católica são feitos pedidos de ajuda de toda a ordem: pagamento das rendas habitacionais, electricidade, água, medicamentos, alimentos, creches, propinas e roupa.
Os representantes das Cáritas diocesanas foram unânimes ao definirem a realidade social como grave, adianta o comunicado final do Conselho geral da Cáritas Portuguesa. Nesta situação de crise, a sociedade portuguesa tem os olhos focalizados na Igreja. a clarificação de números e a consensualização de conceitos são fundamentais para ajudar a tomar consciência das dificuldades que o país atravessa, assumem os participantes deste encontro.

Perante o cenário negro apresentado, de desemprego crescente e o consequente aumento da pobreza nos vários sectores e faixas etárias da sociedade a Cáritas defende a criação de Grupos de iInter-ajuda social. O objectivo é encontrar soluções para as dificuldades sociais das famílias, ao nível da sua integração no mercado de trabalho.

aos partidos, a dois meses de novas eleições, os membros apelam aos partidos concorrentes uma campanha sóbria e baseada na verdade. Os portugueses merecem ser elucidados sobre o estado da nação, por isso exorta-se transparência e propensão ao compromisso, afirmam. Querem ainda ver implementados verdadeiros mecanismos reguladores financeiros que contrariem a especulação e combata a corrupção.

Os pobres não podem esperar mais, denuncia a Cáritas. a organização católica apela a políticas e medidas sociais que protejam os mais fragilizados, nomeadamente desempregados, doentes, idosos, deficientes e pessoas com baixas reformas. Em tempo de sacrifício para ultrapassar a crise, a Cáritas alerta para que estes sejam justamente repartidos. Quem é possuidor de maior riqueza deve contribuir mais para que a crise seja superada e não crie uma sociedade mais pobre, sublinha.

aos cristãos com competências políticas, a Cáritas Portuguesa pede que não abdiquem dos valores da fé que professam. aos empresários cristãos lembra que não se guiem apenas pelo lucro. Um dos factores do êxito empresarial deve passar pela sustentabilidade económica e no número de empregos criados e mantidos, defende. a Cáritas propõe ainda uma mudança de estilo de vida e que a economia se centre em função das necessidades básicas do povo português.