Do 1,6 milhão de cidadãos do Guatemala a viver no estrangeiro, mais de 86 por cento saíram do país para procurar emprego. Deixam filhos menores para trás a gerir o lar durante a sua ausência
Do 1,6 milhão de cidadãos do Guatemala a viver no estrangeiro, mais de 86 por cento saíram do país para procurar emprego. Deixam filhos menores para trás a gerir o lar durante a sua ausênciaEmigrar não é uma opção, mas sim uma obrigação para muitas famílias do Guatemala. Muitos cidadãos vão trabalhar para o estrangeiro para poder dar uma vida melhor aos seus filhos. Contudo, os menores que ficam no país, ao cargo de irmãos mais velhos, avós, ou outros familiares, acabam por sofrer as consequências da ausência dos progenitores. Desenvolvem sentimentos de insegurança e até problemas de comportamento.

Um estudo da Organização Mundial das Migrações e da UNICEF, agência das Nações Unidas para a Infância, revela que raparigas entre os 10 e 14 anos ficam a gerir o lar e a cuidar dos irmãos mais novos. Uma realidade considerada preocupante. O contacto entre pais e filhos é mantido através do telefone para 74 por cento da população inquirida; apenas 8,7 por cento recorre à internet. Do 1,6 milhão de cidadãos do Guatemala a viver no estrangeiro, mais de 86 por cento saíram do país para procurar emprego.