Os «católicos são muito fervorosos, mas só 30 a 40 por cento frequenta a Igreja», salienta Álvaro Pacheco
Os «católicos são muito fervorosos, mas só 30 a 40 por cento frequenta a Igreja», salienta Álvaro PachecoNo capítulo há a proposta da China, porque é imperioso, afirmou o missionário da Consolata, durante uma sessão promovida pelos amigos Missionários da Consolata, durante a tarde de 3 de abril. Álvaro Pacheco, há 14 anos na Coreia e de passagem por Portugal, num ano sabático, partilhou com seis dezenas de pessoas o trabalho que o Instituto Missionário da Consolata desenvolve na Coreia do Sul, onde esta presente há 23 anos. ali a Consolata desenvolve um trabalho de animação missionária, ainda que em terreno difícil, pois é partilhado com os protestantes e os budistas, além dos coreanos praticarem o Confucionismo (um estilo de vida que quase todos adoptam). São um povo muito espiritual, salienta Álvaro Pacheco.

Esta presença e animação missionária é feita num país, onde tal como noutros, diminuem as vocações. No entanto, há uma média de 20 novos padres por ano, lembra o missionário. as paróquias têm habitualmente dois párocos. O que não acontece com as vocações missionárias religiosas pois, os jovens, quando demonstram alguma vocação, são colocados no seminário. Nos cinco milhões de católicos, há apenas 800 vocações religiosas. Mas o número aumenta quando se fala de protestantes, há 12 mil missionários, que partem em missão para fora da sua terra. Lembra Álvaro Pacheco que a Coreia do Sul é o país que mais envia missionários, desta religião, logo a seguir aos Estados Unidos da américa.

a segunda prioridade no trabalho na Coreia do Sul é o diálogo inter-religioso. Durante a sessão, o missionário teve a oportunidade de mostrar fotos dos encontros desenvolvidos com representantes de outras religiões, feito a partir do Centro de diálogo inter-religioso que possuem desde 1999 e onde budistas e católicos partilham experiências.

a terceira vertente do trabalho dos missionários da Consolata, na Coreia do Sul, mais de uma dezena e que inclui três portugueses (diácono Marcos Babo e padre Pedro Louro), é o trabalho com e para os mais pobres. Ou seja, apoio espiritual e ajuda aos imigrantes ilegais que se encontram no país. Muitos vêm da américa Latina, Peru, mas há também da índia e do Paquistão, para além dos africanos, refere o missionário.

a Consolata tem um centro de apoio aos imigrantes, para os ajudar nas burocracias. aos domingos, é celebrada a Eucaristia, em espanhol, para os migrantes latino-americanos e africanos, onde habitualmente participam 30 pessoas. Uma vez por mês, na paróquia internacional, Álvaro Pacheco celebra em português. Os números da Embaixada apontam para a existência de 20 portugueses na Coreia do Sul e 120 brasileiros.