O relatório mais recente elaborado pelo Eurostat revela que a fecundidade no nosso país está em queda acentuada desde 2003
O relatório mais recente elaborado pelo Eurostat revela que a fecundidade no nosso país está em queda acentuada desde 2003Portugal diminuiu a fecundidade entre 2003 e 2009, estando entre os três países da União Europeia (UE) com as menores taxas (1. 32), valor idêntico ao da Hungria e só inferior à Letónia (1. 31). Depois de mais de duas décadas de descidas continuadas, a taxa de fecundidade (número médio de nascimentos por mulher idade fértil) começou a aumentar em 2003 nos países da UE, passando de 1. 47 para 1. 6, em 2009. as excepções foram Portugal, Luxemburgo e Malta. Irlanda e França eram os países com taxas de fecundidade mais elevadas em 2009 (2. 07 e 2. 00), mas os maiores aumentos no período considerado registaram-se na Bulgária (que passou de 1. 23 para 1. 57) e na Eslovénia (de 1. 20 a 1. 53).
Por outro lado, o relatório produzido pelo Eurostat torna claro outra tendência, a do aumento da esperança média de vida nos últimos anos. Destaque para França e Espanha nas mulheres e em relação aos homens a Suécia e Itália eram os países com valores mais altos. Em Portugal, no ano de 2009, a esperança média de vida das mulheres era de 82. 6 anos e dos homens 76. 5. O relatório sobre demografia da Eurostat em conjunto com a Direcção-Geral do Emprego, assuntos Sociais e Inclusão da Comissão Europeia que ontem foi divulgado alerta para a ameaça na renovação das gerações que isso representa.
Este documento da União Europeia deve merecer séria reflexão para todos aqueles que se movimentam na área social, não só por parte do Governo, mas também das instituições ligadas à família, quer públicas ou privadas. a protecção à família nunca foi tão necessária como agora, quer na implantação de leis e políticas adequadas, quer no assumir claro da defesa do agregado familiar enquanto tal, pois só dessa forma será possível inverter o decréscimo populacional no nosso país. a crise que é transversal na sociedade portuguesa não impede, pelo contrário, torna ainda mais imperioso, que haja coragem na tomada de posições diferentes daquelas que têm sido seguidas até agora e que permitiram chegar a esta situação que em nada beneficia este país.