Vaga de contestação continua a alastrar no mundo árabe com manifestações em vários países. Os protestos sucedem-se do Cairo à Tunísia, passando pela Síria Omã, Iraque e Jordânia. Feridos e mortos são um preço demasiado caro na luta pela democracia
Vaga de contestação continua a alastrar no mundo árabe com manifestações em vários países. Os protestos sucedem-se do Cairo à Tunísia, passando pela Síria Omã, Iraque e Jordânia. Feridos e mortos são um preço demasiado caro na luta pela democraciaNa Síria, pelo menos quatro pessoas foram mortas e dezenas ficaram feridas, atingidas por disparos das forças da ordem em Duma, cidade a 15 quilómetros de Damasco, onde decorriam manifestações, indicou uma testemunha citada pela France Presse. Na região de maioria curda do norte da Síria tiveram lugar manifestações pró-democracia, o que aconteceu pela primeira vez desde o início do movimento de contestação, a 15 de Março.
No sultanato de Omã, um manifestante foi morto a tiro pela polícia durante um protesto realizado em Sohar, 200 quilómetros a norte de Mascate, a capital, revelaram testemunhas citadas pela mesma agência. No Iraque pelo menos 35 pessoas ficaram feridas durante uma manifestação contra o domínio dos dois grandes partidos curdos na vida política local. O protesto reuniu mais de quatro mil pessoas em Suleimaniyeh, no norte do país. No Iémen, partidários e adversários do presidente ali abdullah Saleh mobilizaram-se em massa em Sanaa, onde as forças de segurança e o exército destacaram um dispositivo sem precedentes, temendo confrontos entre grupos rivais.

ainda não passaram dois meses depois do afastamento do presidente egípcio Hosni Mubarak, e dezenas de milhares de pessoas voltaram a manifestar-se na emblemática praça Tahrir, no centro do Cairo, para apelar “à salvação da revolução” e exigir o julgamento dos responsáveis pela violência e pela corrupção durante o regime deposto. Em amã, Jordânia, decorreu uma manifestação com centenas de jovens a pedirem reformas políticas, enquanto dezenas de apoiantes do regime gritavam palavras de ordem de glória ao rei abdallah II. Na Tunísia registaram-se manifestações de dezenas de pessoas concentradas no centro de Tunis para pedir “mudanças concretas” no país.