Milhares de afegãos manifestaram-se a 2 de abril, em Kandahar, no sul do afeganistão, contra a queima de um exemplar do alcorão nos Estados Unidos e na sequência do ataque à missão das Nações Unidas, em Mazar-i-Sharif, no norte do país
Milhares de afegãos manifestaram-se a 2 de abril, em Kandahar, no sul do afeganistão, contra a queima de um exemplar do alcorão nos Estados Unidos e na sequência do ataque à missão das Nações Unidas, em Mazar-i-Sharif, no norte do paísas Nações Unidas confirmaram a morte de três civis estrangeiros da sua missão no afeganistão e de quatro militares que faziam guarda ao centro de operações em Mazar-i-Sharif. Por outro lado, o correspondente da France Press afirmou que centenas de policiais afegãos impediram os manifestantes, sobretudo jovens, de se dirigirem à sede da administração provincial de Kandahar, ex-capital do regime talibã. O jornalista relatou a morte de duas pessoas. a polícia disparou para o ar para dispersar uma multidão que tentava acompanhar a manifestação principal. Os manifestantes marcharam gritando “Morte à américa” e “Morte a [Hamid] Karzai”, actual presidente afegão.

Os muçulmanos protestam pela queima de um exemplar do alcorão, o livro sagrado dos muçulmanos, numa igreja dos Estados Unidos, informaram testemunhas e a imprensa local. a confusão reina na zona, tendo a emissora de televisão “Tolo” informado que a Polícia disparou para dispersar os manifestantes, que chegaram a queimar veículos durante a manifestação. Os protestos estão ocorrendo em várias zonas da cidade pela queima de um alcorão nos EUa. Foram ouvidos disparos”, relatou o jornalista.
Em 20 de Março, o pastor protestante Wayne Sapp queimou um exemplar do Corão numa igreja da Flórida (EUa) na presença de outro pastor, Terry Jones, que no ano passado ameaçara fazer o mesmo por ocasião do aniversário do 11 de Setembro. a acção desencadeou uma onda de condenações entre as autoridades do mundo islâmico, incluindo o próprio presidente afegão, Hamid Karzai, que qualificou o caso como um “crime contra uma religião” e exigiu um castigo judicial contra o pastor.