101 raparigas com idade inferior a 15 anos abortaram o ano passado. Em 2010 foram feitos 18. 911 abortos
101 raparigas com idade inferior a 15 anos abortaram o ano passado. Em 2010 foram feitos 18. 911 abortos Entre os adolescentes foram feitos quase 2. 300 abortos. Continuam a faltar políticas preventivas. Não são os nossos jovens que são diferentes. Não tem é havido investimento suficiente no ensino aos jovens a partir dos 11, 12 anos, sobre os métodos de prevenção de uma gravidez, critica Luís Graça, director do serviço de obstetrícia do Hospital de Santa Maria, Lisboa, citado pelo diário i. Portugal tem a segunda maior taxa da Europa de gravidez na adolescência.
Os adolescentes hoje são colocados diante de certas situações, convidados e estimulados a certas experiências, depois temos aí o resultado. acho que é hora de alertar as consciências e as pessoas deviam reconhecer que há caminhos que estão a ser percorridos, não só nessa área da questão do aborto, mas também na área das escolas, da educação sexual, que vão marcar a vida dessas adolescentes para todo o sempre, afirma o presidente da Conferência Episcopal Portuguesa à Renascença.
Em 2010, foram feitos 18. 911 abortos por opção da mulher, menos 311 que no ano anterior. Estes números excluem os casos em que o aborto foi feito devido a malformação do feto, por perigo de lesão da grávida ou quando a gravidez resultou de um crime contra a liberdade e autodeterminação sexual. Somados estes casos, foram praticados por via legal 19. 436 abortos.
Quase um quarto das mulheres que optou pela interrupção da gravidez, 24. 5 por cento é reincidente: já tinha feito pelo menos um aborto antes. Destas, 340 fizeram dois abortos no ano de 2010. Dois terços das interrupções da gravidez ocorreram em mulheres com idades entre os 20 e os 34 anos. Mais de 60 por cento tinham um ou mais filhos: quatro tinham pelo menos dez.
Os números, revelados pela Direcção-Geral de Saúde estão a alarmar os bispos. Os problemas continuam a repetir-se. Quando a lei surgiu, quando foi o referendo, colocavam-se outras razões, falava-se tanto na protecção da mulher, mas não sei até que ponto ela está a ser protegida, assinala Jorge Ortiga.