Em Massinga, as Irmãs da Consolata desenvolvem um importante trabalho de apoio aos mais desfavorecidos: seropositivos, órfãos e vulneráveis. Todos os meses, mais de uma centena recebe alimentos, reforço vitamí­nico com farinha multimistura e medicamentos
Em Massinga, as Irmãs da Consolata desenvolvem um importante trabalho de apoio aos mais desfavorecidos: seropositivos, órfãos e vulneráveis. Todos os meses, mais de uma centena recebe alimentos, reforço vitamí­nico com farinha multimistura e medicamentosSão pessoas referenciadas pelo hospital local, que trabalha em conjugação com as irmãs, de modo a resolver as fragilidades do seu raio de acção e conseguir, para os que mais precisam, ajudas que, de outro modo não poderiam obter. Em linguagem moderna, dir-se-ia parceria ou sinergia. aqui trata-se simplesmente de dar as mãos, pôr ao serviço de todos os talentos que se possui, sem protocolos complicados. À medida que se foi trilhando este caminho, foram-se sentido outras necessidades. Chegam ao hospital doentes vindos de longe, uns aguardando análises, consultas, outros em estado terminal. Por falta de meios logísticos, viam-se obrigados a regressar às suas terras por não terem onde ficar, fosse no hospital, fosse por não terem família perto e, muito menos, condições de saúde para pernoitar ao relento.

Sensível a tamanho drama, a irmã Teresa José, missionária da Consolata brasileira, ousou sonhar um lugar onde acolher estes desamparados e não desistiu de sonhar. Bateu à porta de Mãos Unidas Padre Damião de Molokai, uma associação portuguesa, e aí encontrou o acolhimento à medida do seu sonho. Durante ano e meio projectaram juntos este centro de acolhimento. a irmã pensou no espaço e as funcionalidades que deveria ter; o responsável da associação, Mário Nogueira, e os benfeitores da associação inventaram a fórmula de conseguir o financiamento tão necessário e tão difícil de conseguir numa Europa mergulhada numa das mais graves crises financeiras de sempre.

Mas quando Deus quer e o homem sonha, a obra nasce. Na passada semana, em Massinga, o centro de acolhimento foi inaugurado, diante de todos os que por ele lutaram e para ele contribuíram, com o seu esforço, profissionalismo e empenho. Foi inaugurado na presença da comunidade que quis este centro, ao qual foi agora passado o testemunho da sua manutenção e que a isso se comprometeu. Ás vezes o que faz falta é acreditar. acreditar é tantas vezes a levedura que falta, para fazer fermentar gestos e obras, que salvam e dignificam o homem.