a ilha italiana, onde se encontram seis mil clandestinos, vive dias conturbados. a população está revoltada com a inacção das autoridades perante a emergência humanitária
a ilha italiana, onde se encontram seis mil clandestinos, vive dias conturbados. a população está revoltada com a inacção das autoridades perante a emergência humanitária a chegada de mais 450 migrantes provenientes do norte de África, na noite de 28 para 29 de Março, veio agravar a situação da ilha já sobrelotada. Lampedusa, onde residem cerca de 5. 500 pessoas, acolhe agora seis mil clandestinos. Uma situação que desperta sentimentos contraditórios: protestos contra a inacção das autoridades italianas e solidariedade para com os deslocados necessitados.

Nós deixámo-los tomar banho nos urbanística da nossa paróquia esforçamo-nos para acolher o maior número de pessoas possível, explica Vincent Mwagala, sacerdote a actuar no local, citado pela agência missionária, MISNa. Contudo, mesmo que todos queiram colaborar não chega para responder às necessidades detectadas. a situação sanitária deteriora-se; inúmeros migrantes estão instalados nas ruas ou praias e dormem ao relento.

Revoltados com a falta de acção das autoridades perante tal emergência, parte da população tomou, hoje, a sala de reuniões do Conselho Municipal. Não se trata de racismo mas de sobrevivência, apelam. a situação é complicada, admite o religioso. O ministério do Interior italiano prometeu evacuar uma grande parte dos migrantes da ilha para outras zonas do país, já amanhã.