Desde 2009, o recrutamento forçado de menores tornou-se uma prática generalizada não só por grupos ilegais, mas também por forças do governo, que nega a responsabilidade
Desde 2009, o recrutamento forçado de menores tornou-se uma prática generalizada não só por grupos ilegais, mas também por forças do governo, que nega a responsabilidadeCalcula-se que haja dois a três mil crianças recrutadas à força, para actuarem em conflitos armados na Somália. Estes têm vindo a aumentar desde o início do ano, levando ao aumento consequente do número de crianças-soldado. O grupo rebelde, al-Shabab, é o grande responsável. Contudo, as Nações Unidas também acusam o Governo Federal de Transição e os seus aliados de procederem ao recrutamento de menores para as suas forças; uma responsabilidade que o governo nega, segundo a agência Fides.

Segurança é um bem desconhecido para as crianças da Somália. Ou são recrutadas contra a sua vontade ou acabam presas por forças de segurança do governo, sob suspeita de pertencerem a outros grupos. Grande parte dos que se encontram em campos de deslocados ou hospitais da capital somali, Mogadíscio, são crianças. Muitas famílias refugiadas enviam os seus filhos para campos no Quénia ou para outras áreas mais seguras da Somália.