O Tribunal não faz «nenhuma afirmação positiva sobre a relevância dos símbolos cristãos na identidade europeia», afirma Elias Couto, em relação a uma decisão judicial sobre os crucifixos nas escolas
O Tribunal não faz «nenhuma afirmação positiva sobre a relevância dos símbolos cristãos na identidade europeia», afirma Elias Couto, em relação a uma decisão judicial sobre os crucifixos nas escolasO Tribunal Europeu dos Direitos do Homem deu a conhecer no dia 18 de Março a sua posição acerca da presença de crucifixos nas escolas públicas. Deliberou que o facto não atenta contra os direitos humanos nem a liberdade religiosa das famílias não cristãs. apesar da sua importância, esta decisão do Tribunal Europeu dos Direitos Humanos é essencialmente negativa, considera o mestre em filosofia.

O Tribunal reconhece aos Estados membros do Conselho da Europa alguma liberdade de opção na matéria, tendo em conta a própria história – não faz, portanto, nenhuma afirmação positiva sobre a relevância dos símbolos cristãos na identidade europeia nem protege os cristãos e os seus símbolos das discriminações cada vez mais evidentes e violentas de que vêm sendo alvo, mesmo nos ordenamentos jurídicos de alguns países europeus, constata o teólogo de formação, num artigo divulgado pelo apostolado da Oração.

O crucifixo, reconhecido pelo Tribunal como símbolo cristão, é, juridicamente, despojado de qualquer relevância, sendo apenas mais uma peça de mobiliário, cuja presença, se ignorada pelos educadores, não viola nenhum princípio de não discriminação, escreve Elias Couto. Segundo o mesmo, a decisão não vai impedir o laicismo anticristão de continuar e de fazer o possível para expulsar os cristãos da vida pública. Finaliza, contudo, destacando o aspecto positivo da decisão do tribunal: O totalitarismo laicista, predominante nos corredores do poder desta Europa envelhecida e decadente, por uma vez, sofreu uma derrota em toda a linha.