Passaram 19 anos, mas a memória do seu exemplo permanece viva: 14 famílias de catequistas, em formação no Guiúa, Inhambane, sentem orgulho em serem continuadores dos catequistas mártires no tempo da revolução
Passaram 19 anos, mas a memória do seu exemplo permanece viva: 14 famílias de catequistas, em formação no Guiúa, Inhambane, sentem orgulho em serem continuadores dos catequistas mártires no tempo da revolução a comunidade cristã da Paróquia do Guiúa evocou a memória dos catequistas e suas famílias, assassinados brutalmente em 22 de Março de 1992. O dia tem início com uma celebração eucarística no cemitério, onde estão sepultados os mártires. além da comunidade cristã do Guiúa, participam as 14 famílias de catequistas em formação, continuadores do caminho iniciado pelos catequistas falecidos há 19 anos. O dia segue depois o seu ritmo normal, de formação religiosa e humana; de trabalhos em casa e na machamba (campo), o melhor tributo que se pode prestar àqueles que, um dia, pereceram neste Centro de Promoção Humana do Guiúa: demonstrar que o caminho que iniciaram e que alguns quiseram atalhar, não se interro

a história destes homens, mulheres e crianças, que perderam a vida justamente quando se preparavam para iniciar o seu tempo de formação como catequistas, marca indelevelmente a história do Centro, da Diocese de Inhambane e da Igreja de Moçambique. O testemunho que deixaram, de entrega e serviço permanece vivo na memória de todos e o seu exemplo sentido como estímulo, responsabilidade e compromisso aos que hoje seguem as suas pegadas. Por coincidência, ontem, nasceu na maternidade do Centro do Guiúa um filho dos catequistas em formação, Fernando Marcos Mucuna e Linda albano. Vindos do longínquo Niassa, da paróquia de Santa Maria Mãe de Deus, de Entre-Lagos, tudo largaram para responder ao chamamento de ser missionários na sua própria terra. a pequena vida que aqui começa é bem exemplo da esperança no futuro, de que a vida continua, fortalecida com o exemplo e a memória dos que nos precederam, amparada pelos que hoje seguem o seu exemplo de dedicação e fé, na profecia de um mundo melhor, mais fraterno e mais justo.