«Uma verdadeira promoção da justiça não pode limitar-se ao horizonte concreto do imediato, supõe um processo cultural e um ideal exigente de humanidade»
«Uma verdadeira promoção da justiça não pode limitar-se ao horizonte concreto do imediato, supõe um processo cultural e um ideal exigente de humanidade»O cardeal patriarca de Lisboa defendeu que os responsáveis do país devem ouvir as multidões sedentas de justiça. É um erro histórico não ouvir essas multidões, embora sabendo que essas multidões raramente baseiam a sua reclamação em dados analíticos precisos: reagem a acontecimentos e pressentimentos, afirma José Policarpo.
No entanto a sua reivindicação é clara: querem caminhos renovados de construção da justiça, frisou durante a homilia na missa de abertura do ano judicial, a 16 de Março, na Sé Patriarcal. aos magistrados, advogados e outros responsáveis assinalou que só homens justos podem construir uma sociedade justa.

José Policarpo salienta que estamos a assistir, no momento presente, a grandes movimentos de transformação da sociedade, originados nessas multidões sedentas de justiça. E entre nós está a criar-se uma consciência colectiva, cada vez mais abrangente, a exigir reformas na justiça.

a partir do Sermão da montanha ou Evangelho das Bem-aventuranças sublinhou que um serviço judicial é apenas um meio nesta busca da justiça. a busca da justiça é um processo cultural e espiritual, supõe a educação, a ordem ética, uma sã antropologia, diz.