a Conferência Episcopal Portuguesa manifestou a sua solidariedade com o povo do Japão. «Todos nós somos, nos sentimos, japoneses», afirmou Manuel Morujão aos jornalistas
a Conferência Episcopal Portuguesa manifestou a sua solidariedade com o povo do Japão. «Todos nós somos, nos sentimos, japoneses», afirmou Manuel Morujão aos jornalistasO porta-voz da Conferência Episcopal (CEP) lembra que o Japão é sociedade muito desenvolvida e não se trata tanto de ajuda económica, mas solidariedade, em Fátima. Sobre a actual situação de crise e as novas medidas anunciadas pelo governo, o sacerdote jesuíta frisou ser chocante a situação para os que têm pensões mínimas, de 200 euros ou 300 euros. Tudo isso fica congelado e esperamos que haja atenção aos mais desfavorecidos para que não lhes falte o pão de cada dia e os remédios que precisam consoante a saúde que têm e que, normalmente, na terceira idade é precária.

Manuel Morujão considera que as autoridades civis, políticas, governamentais não podem ignorar os vários protestos que estão na rua. É essa atenção que a Igreja quer dar a pessoas que não estão garantidas com emprego, com a situação económica e social em que se encontram, disse. Olhar e ouvir a sua voz é um dever de todos, da Igreja e, particularmente, das autoridades governamentais, acrescentou.

O porta-voz da CEP assinala a sua satisfação pelo facto dos protestos da Geração à rasca de centenas de milhares de pessoas terem sido ordeiras e pacíficas. O que significa que o povo português mesmo descontente, mesmo que se sinta ‘à rasca’ sabe portar-se com dignidade. Para o jesuíta este é mais um argumento para que os protestos das classes sociais mais desfavorecidas, com empregos precários ou sem empregos, possam ser atendidos.

a Igreja – defende Manuel Morujão – apoia a promoção de mudanças para melhor, falando do lado dos que estão pior. E lembra que as medidas anunciadas estão a prejudicar os que menos têm quando há outras despesas a nível da máquina governativa e de altos cargos com rendimentos elevadíssimos. Para o secretário da CEP é por aí que há que cortar, a favor dos que estão pior porque são os que vivem pior que precisam de ser aliviados, eles precisam de comprar o pão e os remédios. São coisas que não são dispensáveis, não são luxos.