Não se prevêem riscos maiores para a segunda volta das eleições, mas as forças da polícia das Nações Unidas estarão presentes de forma «robusta». Proteger deslocados é uma prioridade
Não se prevêem riscos maiores para a segunda volta das eleições, mas as forças da polícia das Nações Unidas estarão presentes de forma «robusta». Proteger deslocados é uma prioridadeUma semana antes da segunda volta das eleições presidenciais do Haiti, o chefe da polícia das Nações Unidas (UNPOL), Marc Tardif, constata que o escrutínio deverá realizar-se de forma pacífica. Não antevê riscos maiores, apenas mais tensão para este período. Contudo, a unidade não vai deixar de assumir uma presença robusta, lado a lado com a polícia haitiana, a 20 de Março, para dissuadir eventuais tentativas de destabilização.
Depois do terramoto, todos ficaram destabilizados, incluindo as organizações criminosas. Pelo menos 4. 500 prisioneiros conseguiram escapar; 500 foram detidos novamente, indica o responsável. Outra grande preocupação da polícia da MINUSTaH (Missão das Nações Unidas para a Estabilização no Haiti) é assegurar a segurança nos campos de deslocados, onde mulheres, jovens e crianças sofrem violência sexual.
Tratam-se de campos-cidade pois abrigam dezenas de milhares de pessoas. Dos dois milhões de deslocados iniciais, restam 800 mil pessoas que continuam a viver em acampamentos provisórios. E apesar de 80 por cento dos escombros não terem sido limpos, o cenário é positivo considera Marc Tardif. a 12 de Janeiro de 2010, um violento terramoto matou mais de 200 mil pessoas e deslocou perto de um quarto da população.