Rui Osório escreve no Jornal de notícias sobre o próximo Sínodo dos bispos, que terá por tema a «Nova evangelização para a transmissão da fé cristã».com a devida vénia, oferecemos aos nossos leitores o texto escrito pelo jornalista Rui Osório
Rui Osório escreve no Jornal de notícias sobre o próximo Sínodo dos bispos, que terá por tema a «Nova evangelização para a transmissão da fé cristã».com a devida vénia, oferecemos aos nossos leitores o texto escrito pelo jornalista Rui Osório”Uma atitude, um estilo audaz”, que se traduz na “capacidade por parte do cristianismo de ler e decifrar os novos cenários dentro da história dos homens, para habitá-los e transformá-los em lugares de testemunho e anúncio do Evangelho”, tudo isso é a “nova evangelização”, segundo os “lineamenta” (esboços) do próximo Sínodo dos Bispos, que terá por tema a “Nova evangelização para a transmissão da fé cristã” e se realizará, em Roma, de 7 a 28 de Outubro de 2012. Os “lineamenta” oferecem a “distinção teórica” entre “nova evangelização que se dirige principalmente àqueles que se afastaram da Igreja e às pessoas baptizadas, mas não suficientemente evangelizadas”, da “evangelização como actividade regular da Igreja” e do “primeiro anúncio ‘ad gentes’, àqueles que ainda não conhecem Jesus Cristo”, precisando, contudo, que as três categorias às vezes convivem no mesmo território. a nova evangelização tenta novos caminhos frente às condições mudadas dentro das quais a Igreja está chamada a viver hoje o anúncio do Evangelho.

Os desafios que o contexto cultural e social actual lançam à fé cristã processam-se em vários cenários. O primeiro dos cenários que interpelam hoje a fé cristã é a secularização. “ainda que interesse principalmente ao mundo ocidental, dele se difunde para o mundo inteiro”, assumindo “um tom de renúncia que invadiu a vida quotidiana das pessoas e desenvolvendo uma mentalidade em que Deus está de facto ausente”. Outros desafios são lançados pelo fenómeno migratório, ligado à globalização; pela revolução informática com “os benefícios e os riscos da cultura mediática e digital”; pela economia, com os “crescentes desequilíbrios entre o norte e o sul do Mundo”. Também pela relação entre a ciência e a técnica, que correm o risco de se “converter nos novos ídolos do presente”; e pelo campo político, que está a criar “uma situação mundial com novos actores políticos, económicos e religiosos, como no mundo asiático e islâmico”

Frente a esses actuais novos cenários, os cristãos, além de uma obra de discernimento sobre os sinais dos tempos, são chamados a “dar sabor evangélico aos grandes valores da paz, da justiça, do desenvolvimento, da libertação dos povos, do respeito dos direitos humanos e dos povos, sobretudo das minorias, como também da salvaguarda da criação e do futuro de nosso planeta”. É uma aventura evangelizadora inadiável.