Diocese diz respeito a pessoas e não a coisas, afirmou o bispo do Gurué, Francisco Lerma, na VI assembleia de pastoral, perante 77 delegados que, durante quatro dias, reflectiram sobre o modo como tornar a Igreja diocesana mais missionária
Diocese diz respeito a pessoas e não a coisas, afirmou o bispo do Gurué, Francisco Lerma, na VI assembleia de pastoral, perante 77 delegados que, durante quatro dias, reflectiram sobre o modo como tornar a Igreja diocesana mais missionáriaVinte padres, dois diáconos, 13 irmãs, 32 leigos – no conjunto 23 homens e 9 mulheres – reuniram-se na cidade de Gurué, de 8 a 11 de Março, sob a presidência do bispo diocesano, Francisco Lerma, estando presente o bispo emérito Manuel Machado, como convidado. através de um inquérito à diocese sobre temas, como comunhão, evangelização, formação e sustentabilidade, a VI assembleia vinha sendo preparada desde agosto de 2010. Logo na abertura, Francisco Lerma apresentou a necessidade e a urgência de uma planificação para tornar a diocese mais missionária e como resposta aos inúmeros desafios que enfrenta.

Durante os quatro dias de trabalhos, foram apontados diversos vírus que afectam a acção evangelizadora da Igreja diocesana, como a falta de compromisso, o alcoolismo, a corrupção, os divórcios e as infidelidades da vida conjugal. a formação a todos os níveis dos agentes da pastoral é uma necessidade urgente, para responder de forma cabal aos desafios da evangelização. Fez-se ainda referência a problemas que marcam a caminhada da Igreja ministerial, em que o serviço é concebido, por vezes, como prestígio e poder; o provisório é visto como definitivo; e se verificam diminuição da confiança e da responsabilidade, invejas, medo e grupismo.

Já no final, a assembleia considerou que a missão evangelizadora pode ser condicionada por falta de autonomia económica e do pessoal. Foram apresentadas pistas de solução deste difícil problema da Igreja de Gurué, como criar machambas da comunidade; despertar a sensibilidade dos fiéis de modo que o ofertório na missa e fora dela seja dignificante; avivar o sentido de pertença a Cristo e daí a necessidade de colaborar e gerir com honestidade os bens temporais da Igreja.