autoridades tentam transmitir uma imagem de vida normal. Mas a situação é bem diferente. as pessoas permanecem em casa, sempre que podem, e só algumas casas de comércio abrem as portas. a comunidade católica ficou reduzida com a partida dos estrangeiros
autoridades tentam transmitir uma imagem de vida normal. Mas a situação é bem diferente. as pessoas permanecem em casa, sempre que podem, e só algumas casas de comércio abrem as portas. a comunidade católica ficou reduzida com a partida dos estrangeirosEstamos empenhados em infundir coragem aos fiéis que permaneceram [na Líbia], na maioria africanos e filipinos, afirma o bispo de Tripoli, Innocenzo Martinelli. Vamos ver qual será o aspecto da nossa comunidade, quando nos reunirmos para celebrar o primeiro domingo da Quaresma. Não é fácil perceber qual o número de católicos ainda presentes na capital da Líbia, uma vez que há medo de arriscar em sair de casa. Há pessoas que moram longe da igreja. Porém penso que virão, porque estão a ganhar coragem e rezar juntos dá força, declarou o prelado à agência Fides.
O vigário apostólico de Tripoli, Innocenzo Martinelli, descreve assim a comunidade católica da capital líbia, que ficou muito reduzida após a partida de muitos fiéis estrangeiros, sobretudo europeus. Um bom número de fiéis são oriundos das Filipinas. Em Tripoli vivem cerca de duas mil enfermeiras filipinas e, no país, serão cerca de cinco mil. Muitos professores partiram, mas ficaram alguns porque as escolas estão abertas, ao menos nalgumas zonas da capital, explica o bispo. Procuramos encorajá-los a viver à luz da fé estes momentos difíceis.
Vários milhares de africanos ainda permanecem na Líbia em condições precárias. Não há organismos internacionais que lhes dê um documento de modo que possam deixar o país. O que podemos fazer é registá-los para facilitar um eventual reconhecimento destas situações, explica o prelado. Já estamos a acabar de registar os eritreus; até agora já registamos 2. 500, mas há outros grupos, como os etíopes. Vivem todos com necessidades urgentes e graves, sobretudo as famílias com crianças. a situação na cidade é preocupante: Tripoli está mergulhada num silêncio absoluto, diria quase absurdo. as pessoas permanecem em casa. E acrescenta: algumas casas de comércio abriram timidamente as portas. Pretende-se transmitir a impressão de uma vida normal, mas a situação não é natural.